Há 20 anos, Florestal comprava a Neugebauer

Opinião

Raica Franz Weiss

Raica Franz Weiss

Há 20 anos, Florestal comprava a Neugebauer

HÁ 20 ANOS

O anúncio oficial da compra estava previsto para o fim de agosto de 2002 e marcaria a entrada da empresa de doces no mercado de chocolates. Na época, a Florestal ocupava a primeira colocação no RS e estava entre as cinco maiores do Brasil no segmento de balas e pirulitos.

Crédito: Divulgação

Desde 1998, a Neugebauer pertencia à Parmalat e foi comprada pela Florestal em 2002. Menos de dez anos depois, em 2011, a indústria de chocolates foi vendida mais uma vez, para a Vonpar, que recém tinha adquirido a Wallerius (balas) e a Mu-Mu (doce de leite).


A juventude dos anos 2000

Uma reportagem especial no Jornal O Informativo trazia dados sobre os jovens do início do século XXI. “A geração da informação tem que conviver com o medo das drogas e dos ladrões. E faz sexo em casa”.

Entre os dados, estava o percentual de jovens que dormiam na casa do namorado/a: 23%. A pesquisa também mostrava que 53% dos jovens consideravam as drogas o principal problema da geração e, pelo menos, 18% já haviam experimentado alguma substância (o maior percentual era entre homens de classe social mais alta).

Um dos entrevistados, que dormia na casa da namorada, classificava a situação como “embaraçosa” e revelava não saber se, no futuro, deixaria os filhos terem essa mesma liberdade.


Enquanto isso…

O ano de 2019 – Há 20 anos, a Folha de São Paulo veiculava uma coluna opinativa de Carlos Heitor Cony, jornalista e escritor brasileiro. No texto, ele citava que cientistas internacionais faziam uma previsão sobre o ano de 2019. Na época, previam que um asteroide, com mais de três quilômetros de diâmetro, se chocaria com a Terra e aniquilaria a vida no planeta em 2019. “Não sei se estarei vivo para presenciar um evento tão interessante”. De fato, o escritor faleceu um ano antes da tal catástrofe não acontecer.


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Há 50 anos

Nenhuma “alma viva” na noite estrelense

Saía no Jornal Nova Geração um artigo sobre as noites na cidade de Estrela, em agosto de 1972. O autor do relato era Assis Sampaio e narrava a realidade do município de pouco mais de 30 mil habitantes.

O texto iniciava com a seguinte indagação: “Por que será que o estrelense não sai de casa à noite? Não se encontra uma alma viva, ninguém a passear, a admirar vitrines, a espairecer na praça”.

O autor também relembrava os tempos áureos do cinema estrelense, em especial, os primeiros “namoricos”. “Naquele tempo se constituíam num admirável jogo de paciência”.

Sampaio contava que tudo começava com um primeiro olhar, logo desviado. “Depois outro olhar, já mais consentido. Um cumprimento. Então uma frase qualquer, meio esganiçada e sem resposta. Uma conversinha que demorava um século para acontecer e ocorria em alguns rápidos segundos”.

Depois disso, após um longo tempo, o primeiro encontro. “Sentados juntos, calados. De repente, as mãos se encontravam. Sentia-se o calor das mãos!”. E a história terminava por ali.

O autor finalizava o texto com a seguinte frase: “Reminiscências.. é o que dá sair à noite e não encontrar com quem conversar”.


Silos do Porto eram prioridade

Devido ao crescimento na produção agrícola do RS, o governo estadual ampliava a capacidade de estocagem no estado. Por isso, a construção dos silos do Porto de Estrela era definida como prioritária, já que facilitaria o escoamento das safras. A justificativa era a localização junto ao tão esperado entroncamento hidro-rodo-ferroviário.

O projeto dos silos seria somado ao de Porto Alegre e de Rio Grande, para dinamizar os fluxos de exportação. Em Estrela, estava previsto um conjunto graneleiro, com um silo de 40 toneladas e um armazém de 20 mil toneladas.

O Porto de Estrela em construção. Crédito: Acervo Airton Engster


Enquanto isso…

Unificação da Líbia e do Egito – Há 50 anos, a Líbia e o Egito pretendiam se unir em um país. A unificação seria concluída até setembro de 1973. Na época, o Egito recém havia cortado relações com a União Soviética e pretendia se fortalecer com a união à Líbia, naquele tempo, um dos países mais ricos da África.


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