A Avenida Acvat, em Lajeado, é onde funciona a loja “Obra – Materiais de Construção” há 33 anos. Cinco sócios tocam o negócio, entre eles Nicanor Constantin, conhecido como Nica. Depois de quase dez anos de experiência no ramo, ainda na década de 1980, o economista se uniu com os irmãos Fernandes Merlin e Luis Carlos Merlin para iniciar o novo negócio.
Natural de Progresso, Nicanor estudou no Seminário Seráfico de São Francisco, em Taquari, e cursou economia na antiga Fates, hoje Univates. O envolvimento com a área da construção civil começou antes mesmo da formação profissional. “O meu pai sempre foi ferreiro. Plantamos fumo por 17 anos, mas o pai trabalhava na ferraria e marcenaria, fazia arado, foice. Nós somos criados no martelo”, lembra.
De 1980 até abril de 1989, Nicanor trabalhou para a Loja Costaneira e ali consolidou sua boa relação com os construtores, pedreiros e demais profissionais da construção civil. “Eu tinha uma boa relação com Fernandes Merli, que é construtor. Um dia eu e o irmão dele, o Luís, que era caminhoneiro, conversamos e resolvemos formar uma sociedade. No dia 25 de agosto de 1989 nós abrimos as portas”, conta.
Assim que surgiu, a “Obra – Materiais de Construção” já contava com grandes marcas em seu catálogo de vendas. Conforme Nicanor, para manter a qualidade dos produtos oferecidos, a experiência no mercado e a participação em feiras para estar atento às tendências é fundamental. Em sua avaliação, durante a pandemia, a área de construção civil não apresentou grande declínio. “As pessoas aprenderam o valor da família, de viver bem a família. O dinheiro que não foi utilizado em férias, foi para reformas em casa”, diz.
ENTREVISTA – Nicanor Constantin, proprietário da Obra – Materiais de Construção
“A ideia era ter uma palavra pequena que representasse os materiais que teríamos”
Rogério Wink- Como foi abrir o negócio e ter marcas importantes já de largada contigo?
Nicanor Constantin- É porque eu tive uma boa trajetória na área. Sempre fui bem relacionado com representantes comerciais. A gente tinha um bom relacionamento, eles apoiavam, davam crédito. Mas se tu não te pagasse certo, terminaria o relacionamento imediatamente. Por aí se criou uma seriedade, responsabilidade.
– Quando nasce uma empresa, os empreendedores acabam dando um batismo, e o nome Obra tem tudo a ver com a atividade que vocês realizam. Como surgiu o nome da tua empresa?
Constantin- O nome foi uma ideia minha. A ideia era ter uma palavra pequena e que representasse o significado dos segmentos e materiais que nós teríamos, que é o material de construção civil. Então, a “Obra” lembra a construção, não precisa explicar.
– Para quem inicia o negócio, ter um bom relacionamento com o fornecedor e um bom nome faz uma boa diferença, né?
Constantin- Faz, sim. Então, a relação com fornecedores vai sendo construída principalmente baseada na assiduidade e pontualidade. O segredo é que o que você compra, você paga. E paga pontualmente. Se é para fazer compras com fornecedores que são seu parceiro, para esse tu tem que ser obrigatoriamente pontual.
À medida que essas empresas fornecedoras vão crescendo, eles ainda sabem quem é o Nica ou eles olham no sistema uma movimentação econômica? Qual a importância da relação com essas pessoas?
Constantin- Claro que jamais vem o dono, nem naquela época nem hoje. Mas quando tem a substituição dentro do quadro de funcionários ou de representante, a notícia e a referência permanecem. Normalmente vem o representante vendendo para gente e logo vem o gerente. Se substituírem o representante, o gerente me conhece, se substituir o gerente, o representante fica. Fica sempre um elo, o cordão umbilical fica.
– Eu falo isso porque a gente vive num mundo de relações digitais, que só valem códigos e CNPJs. Mas quando você tem referência no mercado isso pode fazer diferença.
Constantin- Olha, nós estamos em 2022 e a “Obra – Materiais de construção” gosta de fazer atendimento presencial. Nós estamos ainda lá, sem pandemia. A pandemia não nos afastou dos clientes. Claro que tem WhatsApp e tem muitos produtos que uma obra até começar e terminar leva meses ou leva anos.
Então, tem muitos produtos que são repetitivos e não precisam vir na loja. Agora, quando chegar ao fim, a gente faz um chamado para acabamentos presenciais e físicos.
Dica de livro:
“Quanto vale o seu tempo?: Uma estratégia para ressignificar o trabalho e a felicidade a partir da sua equação mais valiosa: tempo + liberdade”. De Fábio Ennor Fernandes
A sugestão de leitura de Wink desta semana mostra ferramentas, ideias e provocações úteis para melhorar o cotidiano. É possível encontrar inspirações para equilibrar todas as áreas da vida – negócios e experiências; dinheiro e paz; gerenciamento do tempo; o próprio bem-estar, o da família e de quem está a sua volta –, focando aspectos como auto respeito, sinceridade consigo e sobretudo, atitude positiva e bom humor.
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