A Secretaria de Saúde de Estrela reduziu o valor mensal repassado ao PA+, uma unidade privada de saúde e que também atende o público geral por meio da parceria com o Executivo municipal. A decisão limita em 90 atendimentos ao dia, e, novamente faltou habilidade no momento de divulgar a notícia. Dito e feito. A demora em bem explicar a mudança tomou a mesma proporção dos erros cometidos pela Secretaria de Educação nos casos do recesso escolar e da municipalização de escolas estaduais. Outra vez, a impressão é de ruído interno.
A novidade chegou ao povo estrelense na quarta-feira. E o secretário Celso Kaplan chamou a imprensa nessa quinta-feira para explicar a decisão. “Lelo”, como é popularmente conhecido no Vale do Taquari, ressalta que a medida foi tomada com base na gestão orçamentária e devido a queda no número de pacientes que procuraram o espaço de saúde.
Sobre os impactos no hospital, o agente público levanta uma importante questão: o alto número de pacientes que procuram o sistema público de forma desnecessária. Fato é que a saúde sempre foi e será um dos calcanhares de Aquiles dos gestores públicos. Equalizar os recursos e a demanda, e garantir que se utilize de forma correta as estruturas disponíveis é tarefa árdua. Mas é preciso fazê-la e bem. De forma transparente e habilidosa, sob o risco de sofrer críticas que, muitas vezes, são injustas.
E a Esquerda no RS?
As negociações entre o PT e o PSOL avançam e a possibilidade do segundo ceder e indicar o vice do primeiro aumenta. Mesmo assim, PT e PSOL juntos, por si só, não devem ser páreo para outras siglas de Centro e Direita (neste pleito gaúcho, ao menos). A esperança da Esquerda sulista é contar com o apoio do PSB. Em âmbito nacional, tal sigla já foi enquadrada. Só resta saber até quando perdura a resistência de Beto Albuquerque.
TIRO CURTO
• Os vereadores de Lajeado visitaram uma Área de Preservação Permanente (APP) localizada no bairro Hidráulica. Eles foram ouvir moradores vizinhos, que não gostaram de um projeto de lei em tramitação, e cuja proposta é permutar o espaço com uma empresa privada. Eles querem a preservação do espaço.
• O Tribunal de Contas do Estado orientou e a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) revogou um pregão eletrônico de 2021, que previa investimento de R$ 7,6 milhões na contratação de serviço de “videomonitoramento inteligente e apoio no controle de trânsito”. A EGR, aliás, já deveria estar extinta. Ao menos foi essa a promessa do governador eleito em 2018.
• A UFRGS está no centro de um embate político. Alunos, professores, e ex-acadêmicos da universidade federal realizam um duelo de manifestos. De um lado, apoiadores de Lula. Do outro, os contrários. E tal fato não contribui em nada com a necessária qualificação da estrutura externa e interna da valiosa instituição.
• A pouco menos de três dias da convenção do partido, Gabriel Souza (MDB) protocolou na quinta-feira a candidatura ao governo do Estado. Mas todos já sabem que o MDB, mesmo sem consenso, vai se submeter a posição de vice na campanha de Eduardo Leite (PSDB).
• Ontem, em Encantado, os vereadores participaram de uma reunião com membros da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento para tratar sobre a Lei de Liberdade Econômica. O encontro ocorreu na sede do Executivo, e foi comandada pelo Gestor de Desenvolvimento, Eder Boaro.
• Também em Encantado, os vereadores Duda do Taxi (MDB), Andressa de Souza (MDB), Roberto Salton (PDT) voltam a Brasília na próxima semana. Os três visitam a capital federal durante os dias 2, 3, 4 e 5 de agosto. São três diárias com pernoite. Cada uma no valor de R$ 944,39. É este o valor fixo diário pago pelo Legislativo para custear hotel e alimentação.
• Dois processos que geraram muita mídia e pouca resolução. A denúncia de mau uso das diárias, em Teutônia, e a polêmica sessão da Câmara de Vereadores de Taquari, sobre o aterro sanitário, e que terminou com Boletim de Ocorrência junto à Delegacia de Polícia.
