A modificação implementada pela administração de Estrela gera críticas da população. Conforme a Secretaria de Saúde, a revisão no convênio é necessária para ajustar o orçamento ao fluxo de consultas e procedimentos no Pronto Atendimento Pro Vale (PA+).
Foi decidido o máximo de 90 consultas por dia. A informação foi repassada pelo Executivo à direção da casa de saúde no início da semana. Antes disso, não havia teto e havia em média 120 atendimentos diários.
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A mudança começou a ser implementada na tarde dessa quarta-feira. Pacientes foram surpreendidos pela cobrança dos procedimentos. “Eu passei pelo atendimento e quando terminou, me falaram que eu teria que pagar. Não foi comunicado antes”, conta o morador do bairro das Indústrias, Carlos Júnior Nascimento.
Análise pelo grau de risco
Com a redução do número de fichas para consultas médicas, a direção da casa de saúde teme um aumentar a procura por procedimentos básicos no Hospital Estrela, referência em emergência e urgência na cidade.
Além disso, também há relação na dispensa de medicamentos e procedimentos simples que passam a ser cobrados dos pacientes.
Como forma de orientar os pacientes, a casa de saúde inicia uma campanha de conscientização sobre como proceder conforme a gravidade do caso. Os gestores do hospital alertam que situações de baixo risco devem ser atendidas nos postos dos bairros (UBSs) ou na clínica PA+.
A limitação é destinada às consultas de clínico geral. Pediatria e ginecologia não são afetadas com a decisão. Frente a repercussão da medida, usuários da rede pública organizam um ato durante a sessão da câmara de vereadores na segunda-feira, a partir das 18h30min.
Equilíbrio no atendimento
A justificativa do governo para alteração do convênio é a necessidade de reestruturar o orçamento, afirma o responsável pela Secretaria de Saúde, Celso Kaplan. Junto com isso, há também um processo de conscientização das pessoas sobre o uso correto para cada setor de atendimento, com uma divisão mais clara do que é eletivo, emergência e urgência.
Pelos dados do governo, a demanda sobre o pronto atendimento triplicou em um ano e o orçamento que antes era fixo, passou a ser pago por número de consultas. De acordo com ele, a população não ficará sem atendimento. “A porta de entrada são as unidades de saúde, que estão vazias devido à procura desordenada pelo PA+.”