Localizado no Centro da cidade, o Posto Faleiro se tornou, com o passar do tempo, um empreendimento de sucesso na região e referência no segmento. Também virou um dos pontos de encontro mais frequentados por grupos de amigos. Diversas histórias, de diferentes pessoas, marcaram o negócio ao longo do tempo.
Os 25 anos de história da empresa foram resumidos durante entrevista em “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora apresentado por Rogério Wink. Na ocasião, os três sócios do posto, os irmãos Astor, Elton e Flávio relembraram os primeiros passos e toda a trajetória até os dias atuais.
Nascidos e criados no interior de Progresso, na localidade de Alto Honorato, os irmãos se mudaram para Lajeado ainda na adolescência. O patriarca da família, Manuel Faleiro, abriu um comércio no bairro São Cristóvão. “Na época, era de praxe sair do interior e ir a Porto Alegre. Mas nós fizemos outro caminho. Viemos para Lajeado, pois o pai gostava muito, e ficamos por aqui”, lembra Astor.
O ambiente familiar despertou a veia do empreendedorismo nos irmãos. “Nós sempre tivemos isso presente na nossa família. O avô tinha um comércio no interior. Nosso pai faleceu aos 67 anos, mas continua como a nossa referência. E a mãe, Edonilda, está firme conosco, sempre nos apoiando”, destaca Elton.
ENTREVISTA
“Nossos colaboradores vestem a camisa como se o negócio fosse deles”
Rogério Wink: Como é a relação entre vocês?
Flávio Faleiro: A família nos respalda, mantém os valores, os princípios. Acho que isso nos leva muito longe. O respeito que temos um pelo outro hoje trazemos de casa, bem como a confiança, a relação saudável, a união e a ética. Também trazemos isso de casa.
Elton Faleiro: Foi mais difícil no começo e melhorou com o passar do tempo. Nos conhecemos melhor. Entender isso é bom para o negócio. Ficamos mais unidos para enfrentar as dificuldades. Isso é uma relação que se fortifica cada vez mais, com respeito.
Astor Faleiro: Os valores que trouxemos da família nos levou até aqui e fazemos essa convivência harmônica. Somos três e tem mais a nossa irmã.
Cada um de nós tem um perfil, que se completam. Conseguimos crescer e nos tornarmos fortes. Nunca pensamos em nos separar. Discussões existem, mas sempre tivemos a humildade de buscar o perdão e se entender.
Wink: Quando nasceu a ideia do Posto Faleiro?
Elton: A partir de uma viagem do nosso pai ao Paraná. Ficou aquele sonho, mas quando surgiu a oportunidade aqui em Lajeado, estávamos mais adultos, com potencial. Ele buscou isso e nós embarcamos juntos. Foi o pontapé inicial. Começamos com a bandeira Esso.
Wink: Como foram os primeiros passos?
Flávio: Eu tocava o Posto Cidade aqui no Centro. Começamos um posto 24 horas, algo que não existia em Lajeado, pois os postos trabalhavam até as 20h.
Aí começou um movimento muito grande e nós não tínhamos estrutura para isso. Então a Parmalat adquiriu a Lacesa, que tinha um posto de combustível na esquina onde estamos hoje. Ela iria desativas os postos aqui. Isso nos instigou.
Astor: Fomos atrás da possibilidade de adquirir o imóvel. A Esso nos auxiliou, mas nós é quem tivemos a coragem de buscar. Era uma coisa grandiosa.
Descobrimos quem era o cara da Parmalat, lá de São Paulo, e começamos a negociação. A Esso, quando visualizou o imóvel, queria comprar para nós operarmos. Mas falamos: “se vai ser de vocês, não vamos tocar”.
Wink: A loja de conveniência de vocês é referência e pioneira. Como foi a implantação?
Flávio: O conceito de posto com loja de conveniência estava chegando no RS. Já havia em Porto Alegre, mas no interior não. Buscamos para cá e inovamos, com muita dedicação e coragem.
Hoje não dá para imaginar o posto sem uma loja de conveniência moderna, arrojada e de ponta. Quando reformamos, inovamos mais uma vez no Estado. Fomos a primeira da Shell com esse modelo novo.
Wink: No mercado de combustíveis, ter uma marca forte é fundamental. Qual o bônus e o ônus da relação de vocês com a marca atual?
Elton: É importante quando a marca é forte e reconhecida no mercado. A Esso, na época, era uma das maiores do mundo. Quando embarcamos nessa, foi com uma grande empresa, de conceito já formado.
Mas sempre tivemos a preocupação em manter a nossa marca junto. Linkamos ela à qualidade da Esso, e também da Shell, com quem trabalhamos agora. Nunca esquecemos de trabalhar nossa própria marca.
Astor: Levamos ao nosso negócio uma bandeira de conceitos e princípios e a comunidade e clientes entenderam isso. Nossos colaboradores vestem a camisa como se o negócio fosse deles. Temos aqui um tipo de tratamento como se fosse uma família. É um ponto que nos fortalece como marca.
Wink: O Posto Faleiro tem uma integração muito grande com a comunidade. Como é esta relação?
Elton: Sabemos que muitas pessoas passaram pelo posto, e tem muitas histórias boas para contar. São muitas coisas legais que aconteceram ali, como comemoração de campeonatos, saída e chegada de festa.
Muita coisa pode ser contada. Por isso, tivemos essa ideia de colocar, nas redes sociais, 25 boas histórias. Quem tiver uma história legal para contar, uma passagem interessante, pode nos enviar. Com muito orgulho, vamos contar elas.