Diferencial começa pela busca do conhecimento

RUMO

Diferencial começa pela busca do conhecimento

Debate RUMO – O Futuro da Mão de Obra – aborda como aproximar setor produtivo e instituições de ensino para estruturar planos voltados à formação profissional dos jovens. Representantes de universidades locais afirmam que mercado procura acadêmicos já nos primeiros semestres de curso

Diferencial começa pela busca do conhecimento
Representantes de instituições de ensino da região avaliaram resultados da pesquisa RUMO. Programa está disponível na página do A Hora no Facebook e também no YouTube. Crédito: Mateus Souza
Vale do Taquari

A preocupação sobre a base de saberes e as possibilidades de formação dos jovens está entre as questões entrais da pesquisa RUMO – O Futuro da Mão de Obra na Região.

O estudo ouviu 206 empresários para conhecer quais as carências em termos de profissionais. Em outro lado, foram consultados 604 estudantes do Ensino Médio com o propósito de entender as percepções e interesses dos alunos para o mercado de trabalho.

A partir das estatísticas, a Rádio A Hora 102.9 transmitiu na tarde de ontem um programa especial. O debate teve como tema a maneira com que a pesquisa pode colaborar com a sinergia entre instituições de ensino e setores produtivos regionais.

Os quatro debatedores representaram a Faculdade La Salle, de Estrela, a Univates e o campus Lajeado do Instituto Federal Sul-Riograndense (IFSul). Como tônica das participações, sobressaiu-se a importância da busca do conhecimento, do aprendizado e da qualificação contínua ao longo de toda a carreira profissional.

“Um diploma, seja em algum curso superior ou em algum técnico, não é mais garantia de continuidade no trabalho”, afirmou a vice-reitora da Univates, a professora Fernanda Storck Pinheiro. Ainda assim, ter uma sustentação sólida segue como uma necessidade, destacou a diretora-geral do IFSul, Cláudia Schwabe.

“A curiosidade, o interesse e a vontade de evoluir precisa estar presente na vida. O diferencial começa aí. Tanto que há uma grande procura das empresas por estudantes da nossa instituição.” Essa postura comportamental do jovem, ressaltou o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Univates, Carlos Cyrne, também é de responsabilidade dos empregadores.

“Muito se diz sobre falta de comprometimento. Isso é comportamento. Por vezes o empresário quer contratar alguém sem experiência, exigir dele conhecimentos específicos dos quais ele ainda não teve. É preciso dar tempo de maturação e também paciência para ensinar.”

O olhar sobre as condições emocionais e psicológicas também têm relação sobre a entrega do trabalhador ou do aluno, frisou o diretor Acadêmico da Faculdade La Salle, Marciano Bruch.

O programa RUMO – O Futuro da Mão de Obra na Região – foi transmitido ontem ao vivo pela Rádio A Hora 102.9 e também pela rede social Facebook. O conteúdo está disponível na plataforma, na página oficial do veículo e também no YouTube, pelo A Hora TV.

Quanto ao diagnóstico RUMO, trata-se de uma iniciativa do Grupo A Hora e governo de Lajeado, com apoio da Acil e aplicado pela Macrovisão Consultoria, Assessoria e Treinamento. Conta com o patrocínio da Britagem Cascalheira; Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT); Cooperativa de Crédito Sicredi; Univates/ Rhodoss Implementos Rodoviários; Construtora Diamond; Metalúrgica Hassmann; Instituto Dale Carnegie; e, Plano Digital.

Detalhes da pesquisa

  • 30% dos estudantes dizem que a falta de conhecimento interfere sobre a aptidão para o trabalho;
  • 96,1% dos empresários acham necessário mudanças no Ensino Médio para preparar o jovem para o mercado;
  • Os empresários apontaram que o Ensino Médio deveria contemplar educação financeira, aprimoramento da comunicação escrita, uso de softwares, matemática aplicada à solução de problemas;
  • 91,3% dos empresários consideram importante cursar o Ensino Médio junto com a formação técnica;
  • As áreas mais citadas com falta de profissional técnico no Vale são: Vendas;administração/contabilidade; informática; mecânica; eletrotécnica; e automação industrial;
  • 94,2% dos estudantes têm planos de continuar os estudos depois do Ensino Médio. 63,8% pretendem fazer curso superior e 36,2%, curso técnico.
  • Maior interesse no curso superior: Medicina; Direito; Medicina Veterinária; Administração; Psicologia; Arquitetura e Urbanismo; Na formação técnica: Administração; Tecnologia da Informação; Enfermagem; e Mecânica.


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