Nossa vida é feita de escolhas e desafios, fato que aprendi no início da minha vida profissional. Por isso, por vezes, segui caminhos desconhecidos e abracei causas que se revelaram gratificantes. Também trilhei por incógnitas ruelas que me permitiram a descoberta de habilidades até então ignoradas.
Outro aprendizado importante é que somos os autores de nossa própria história e a vamos construindo em uma sequência, pautada por reinvenções e adequações.
Porém, nunca imaginei assumir um compromisso de escrever regularmente para um jornal, haja vista que não me enquadro no perfil de colunista, mas sim de “relatora de assuntos casuais”, ou seja, escrevo sempre que tenho uma opinião ou uma convicção e, como o papel não me interrompe, tampouco me repreende e contesta, considero-o um bom ouvinte.
Sendo assim, o grande problema sempre começa com a escolha do assunto, com a certeza de que será impossível agradar a todos e, por isso, se um pequeno percentual o ler, já estarei satisfeita.
Não tenho aspirações para me tornar escritora, apesar de ter juntado um expressivo número de crônicas nos últimos anos, mas a ideia, que a princípio pareceu assustadora, passou a tomar forma com a passagem do tempo.
Assim, o convite recebido, devo reconhecer, ao me causar orgulho, também acendeu uma luz de receio. O primeiro, pela surpresa; o segundo, pelo compromisso de colocar em um espaço jornalístico e, portanto, público, um texto em que apresento uma ideia pessoal, com a qual obterei concordância, mas também e, certamente, discordância.
Contudo, talvez seja a hora certa para um recomeço: afinal, o início do inverno significa que muitas folhas caíram, muita energia acumulada foi deixada pelo caminho, pois a natureza, em sua sabedoria, troca todas as perdas do outono pela necessária renovação para enfrentar o período frio.
E isso podemos fazer com nossas vidas: renovar, deixar para trás um estado de letargia e submergir para a leveza e a liberdade, em busca de uma nova concepção de viver com alegria, emoção, responsabilidade e criatividade.
Há muito ainda a ser desvendado e conhecido nesse mundão afora; porém, é preciso disposição, determinação e muitos arranjos a costurar, uma vez que nada acontece por acaso.
O horizonte é o começo do limite e, acreditem, é lá que mora o desconhecido, o diferente, o pouco compreendido, fatores que podem se tornar uma inesgotável fonte de aprendizado. E aprender, todos sabemos, impede-nos de envelhecer precocemente.
Então, penso que este será um espaço para uma conversa informal e não um monólogo e, por isso, deixo registrado um e-mail para receber críticas, sugestões e similares que certamente representarão uma forma diferente de crescer.
E, considerando que os erros nos permitem enxergar os pontos fracos passíveis de melhoria, acredito que esta será uma oportunidade factível para exercitar minha capacidade de resiliência e flexibilidade tanto social quanto emocional.
Um novo começo sempre será o fôlego da alma, sem, contudo, mudar sua essência mesmo que o caminho seja alterado. Sendo assim, entendo que o fim de um ciclo representa a proposta do começo de outro.
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