Depois da Piraí, a  Avenida Alberto Muller

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Depois da Piraí, a Avenida Alberto Muller

Vale do Taquari

Lajeado Trade Center é o novo empreendimento anunciado pela Lyall Construtora e Incorporadora. Após consolidar em vendas pelo menos três grandes projetos nas imediações da Avenida Piraí, no bairro São Cristóvão, a Lyall também mira a Avenida Alberto Muller.

O projeto apresentado nesta semana é ousado e inovador. Aliás, o arrojo e a astúcia têm sido características marcantes da Lyall. O Lajeado Trade Center terá duas torres, uma delas em formato de escada.

O investimento está previsto em R$ 100 milhões e a obra será erguida próximo ao Complexo Esportivo da Univates. A residência de alto padrão que ocupa parte do terreno será demolida em janeiro de 2023, quando iniciam as obras. A previsão de término é de 50 meses.

No dia do lançamento, quinta-feira, foram vendidos 14 unidades do projeto. A grande procura pelos imóveis só reforça a importância deste segmento para a economia regional e o quanto a construção civil do Vale desponta em qualidade e conceito.

Lajeado Trade Center conjuga apartamentos para moradia e salas comerciais, com amplo espaço de serviços, playground, entre outros. Uma torre terá 18 andares e a outra, que será a residencial, terá 13 andares. Crédito: Divulgação


329 empresas abertas em 14 meses

Encantado vive um momento espetacular. O número de empresas abertas na cidade desde abril de 2021 é de 329. São 15 indústrias, 85 comércios e 229 de serviços. É mais do que o dobro do número de novos empreendimentos registrados no mesmo período de anos anteriores, quando ainda não existia o Cristo Protetor.

As empresas abertas vão desde franquias consolidadas estado e país afora, até empreendedores locais que buscam novas alternativas de renda e tentam aproveitar o momento de transformação.

Fim de semana: Encantado está mudando a legislação (dentro do projeto da Liberdade Econômica) para permitir o comércio a abrir no fim de semana. Em Lajeado, para conceder esta liberdade aos lojistas, a “a montanha pariu um rato”. Foi um debate tão longo e tão desnecessário e que fica mais evidente ao passo que até hoje, poucos ou nenhum lojista abriu as portas aos domingos, mesmo que pudessem.

Esperamos que Encantado, de posse do papelão que foi o debate em Lajeado, possa tratar o assunto com menos demagogia e politicagem. Até porque, para uma região que se pretende desenvolvida turisticamente, discutir trabalho aos domingos já não faz nenhum sentido.


Mais físico do que virtual

Uma pesquisa publicada pelo Jornal do Comércio, no dia 15 de julho, revela que os consumidores de Porto Alegre ainda preferem fazer compras em lojas físicas do que por meio virtual.

Dos 626 consumidores ouvidos, 289 (46,1%) preferem compras online, enquanto 337 (53,8%) optam pela experiência em loja física. Ainda que a pandemia tenha impactado o comportamento dos consumidores, a pesquisa mostra que nem tudo mudou. Com detalhe: se na capital dos gaúchos a preferência da população ainda é por loja física, pressupõem-se que no interior este percentual seja ainda maior.

Por outro lado, não adianta se iludir e achar que abrir a loja física é o suficiente. É imperioso atentar para as experiências que o consumidor busca em meio a esta transformação tecnológica e o novo formato de consumo.


Cuíca e a revolta necessária

O fato que marcou a semana aqui na região vem do sistema judiciário. Luis Alberto da Silva, o Cuíca, fora liberado do presídio por bom comportamento. O bandido mal estava fora da cadeia e já fez vítimas. Estuprou duas mulheres. Uma em Lajeado e outra em Arroio do Meio.

Pasmem. A ficha criminal do tal Cuíca soma 75 páginas, incluindo roubos, furtos, assaltos, fugas do presídio, estupros. O cara é barra pesada. Mas não para quem assinou sua soltura, que atestou bom comportamento para devolver o bandido ao convívio social.

A decisão de liberar Cuíca é de uma irresponsabilidade que também deveria – mas não é – ser investigada e punida. E a pergunta: quem conserta a vida das duas mulheres estupradas? Quem será capaz de consolar a dor das duas famílias?

O fato só mostra o quanto o sistema judiciário do Brasil está fracassado, favorece o bandido e aprisiona a sociedade de bem. As brechas e lacunas na legislação são tão grandes e latentes que um criminoso com uma ficha criminal de 75 páginas consegue ser liberado por bom comportamento. É o fim da picada.


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