O óbvio precisa ser dito: ciclovia é para ciclistas. Mas em Lajeado o espaço dos ciclistas também serve para o estacionamento de veículos em horário comercial. O caso é antigo. Em 2013, o ex-vereador Sérgio Rambo (PT) sugeriu uma lei que autorizou o uso das ciclofaixas por parte dos veículos motorizados.
O plenário aprovou a matéria, e o ex-prefeito Luís Fernando Schmidt (PT) sancionou a estranha norma. Em síntese, e até hoje sem um regramento claro, as pistas desenhadas para o ciclismo perderam o sentido na área central da cidade.
A problemática é mais complexa do que parece. Em uma primeira análise, a impressão é que o ex-vereador errou e errou feio. Entretanto, e isso precisa ser levado em conta, o modelo de ciclovias implantado pelo governo anterior à gestão de Schmidt não foi devidamente planejado.
A bem da verdade, a impressão é que não houve qualquer planejamento prévio para o milionário investimento em asfalto e tinta vermelha, finalizado em meados de 2012. Havia problemas no traçado, na segurança, no estreitamento da pista, entre outros.
Dito isso, é preciso avaliar o espaço de tempo entre a aprovação da estranha lei, em 2013, e os dias atuais. Nada mudou desde que as ciclofaixas foram colocadas em xeque. São nove anos com pouco ou nenhum investimento em vias seguras para ciclistas.
Neste período, diversos projetos foram debatidos, e nada saiu do papel. Na Câmara de Vereadores, um grupo de estudantes da Univates sugere a revogação da controversa norma, mas não propõe melhorias nas estruturas mal planejadas em 2012. Sendo assim, voltamos à mesma estaca de outrora.
Lá se vão anos e mais anos sem uma solução plausível para quem opta por uma melhor qualidade de vida, ou para quem não abre mão da bicicleta para o lazer ou esporte. Infelizmente, o ciclismo em Lajeado é uma modalidade de alto risco.
O ciclista não tem vez ou voz na cidade-inteligente. O atual governo já está no sexto ano de gestão, e continua sem uma perspectiva de melhora para essa problemática. Será que teremos novidades contundentes e aplicáveis até o fim do atual mandato? Eu tenho cá minhas dúvidas. Aguardemos!
Novos juízes do RS
Em cerimônia realizada na tarde de sexta-feira, 92 novos Juízes de Direito Substitutos tomaram posse no Judiciário do Rio Grande do Sul. Vindos de todo o país e com média de idade de 37 anos, 57 magistrados e 35 magistradas passam a integrar os quadros da magistratura gaúcha.
As comarcas ainda não foram definidas. Entre os novos agentes do judiciário, apenas uma representante do Vale do Taquari. Eugênia Amábilis Gregorius é natural de Teutônia, e concluiu graduação na Univates.
Eugênia já realizou estágios nos Fóruns de Lajeado e Teutônia durante o curso. Após a graduação, logo iniciou a preparação para concursos na Ajuris – Escola de Magistratura em Porto Alegre. A primeira aprovação ocorreu em 2012, para o Estado de Rondônia.
Dois anos depois, passou a exercer a judicatura na cidade de Porto Velho atuando em varas criminais e cíveis. Em 2015, passou no concurso para a Magistratura no Rio Grande do Norte. Agora, realiza o sonho de voltar ao Rio Grande do Sul.
Surpresa em Encantado
A votação da nova mesa diretora da câmara de Encantado surpreendeu. O fato ocorreu ontem, após renúncia dos atuais líderes do legislativo, por meio de acordo de bancadas. Por 6 votos a 5, Valdecir Gonzatti (MDB) foi eleito o novo presidente do Legislativo, ao lado do vice-presidente, Roberto Salton PDT), e da 1ª Secretária, Sandra Vian (PSDB). Eles venceram a chapa favorita, formada por Sander Bertozzi (PP), Duda do Táxi (MDB), e Marino Deves (PP). Segundo analistas, a nova chefia da casa pode dar mais tranquilidade ao prefeito Jonas Calvi (PTB). E quem se deu mal foi o PP.