A confusa nota oficial da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) atiçou ainda mais os ânimos dos prefeitos. Ao anunciar o resultado da reunião que acolheu o pedido de desfiliação de 11 cidades da região alta, e citar um eventual movimento relacionado às outras organizações regionais, a entidade representativa deixou uma dúvida no ar. Afinal, a Amvat organiza ou apoia uma possível debandada geral do Consisa e da Amturvales, ou o último parágrafo do texto gerou um ruído desnecessário?
O texto possui um tom quase ameaçador. Segundo a nota, a direção da entidade “vai analisar a situação dos municípios em outras organizações regionais, como o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Taquari (Consisa) e a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales), que nasceram a partir de discussões dentro da Amvat”. Para alguns gestores, a mensagem soou como uma possível retaliação aos municípios que deixaram o grupo. O presidente rechaça a hipótese. Mas não reconhece o ruído.
Direta ou indiretamente, e de forma proposital ou não, a Amvat colocou um bode na sala dos prefeitos. E as reações, que repousavam em banho-maria com relação às demais organizações, foram aguçadas com a confusa nota. Em Lajeado, por exemplo, o Executivo estuda a possibilidade real de deixar o Consisa. O governo municipal avalia que os resultados não estão de acordo com o almejado, e critica a distância entre o consórcio e o Hospital Bruno Born. Sobre a Amturvales, o Executivo lajeadense pretende manter a parceria.
Uma emenda sem convicção
A construção do “Galpão do Agricultor de Teutônia” ilustra a falta de planejamento das famigeradas e milionárias emendas parlamentares. De acordo com a atual Secretária de Agricultura, a própria administração municipal tentou alterar o local escolhido para o empreendimento, dando razão aos críticos.
A definição da área ocorreu em 2019. Na prefeitura, poucos sabem de quem partiu a sugestão, e muito menos as razões para a escolha. Ou seja, ninguém assume a criança e não se percebe convicção acerca do investimento.
TIRO CURTO
• A câmara de Lajeado recebeu um projeto de lei que propõe diretrizes para realizar audiências públicas. Conforme texto da própria matéria, a cidade não possui, hoje, não há legislação municipal que oriente os poderes Executivo e Legislativo na realização destes eventos.
• A empresa que tentou instalar um moderno aterro sanitário em Taquari, e barrou nos protestos da comunidade, ainda não desistiu do Vale do Taquari.
• Prefeito de Taquari, André Britto (PDT) participa de um almoço empresarial organizado pela Granpal. O evento ocorre hoje, a partir das 12h, no Hotel Deville, em Porto Alegre. Os demais debatedores são o governador, Ranolfo Vieira Júnior, o presidente da Assembleia gaúcha, Valdeci Oliveira, e o presidente da Granpal, Rodrigo Battistella.
• Ex-secretário municipal em Estrela, Carlos Artur Hauschild foi homenageado nesta semana pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo com o Título de Cidadão Espírito-Santense. Ele atua no Banco do Estado do Espírito Santo desde janeiro de 2019, e ele é ex-Diretor Administrativo e Financeiro da Empresa Gaúcha de Rodovias, a nossa EGR.
• A câmara de Estrela cria uma “comissão de representação” para debater sobre o futuro do cemitério público. o grupo é composto pelos vereadores Luís Kalsing (PTB), Volnei Zancanaro (PSL) e Humberto Canigia (Republicanos).
• Um grupo de associados do Sicredi Integração RS/MG, oriundos das cidades mineiras de Conselheiro Lafaiete e Congonhas, realiza uma visita institucional à região. Ontem, eles visitaram Santa Clara do Sul, e foram recepcionados pelo prefeito Paulo Kohlrausch (MDB), na companhia do presidente da cooperativa, Adilson Metz, do vice-presidente, Luiz Mário Berbigier, e do gerente da agência local, Davi Becker.