Vereadores criticam terceirização dos serviços na área da saúde

Política

Vereadores criticam terceirização dos serviços na área da saúde

Entre as solicitações, está o rompimento do contrato feito pelo governo municipal com a empresa Proativa, de Porto Alegre

Vereadores criticam terceirização dos serviços na área da saúde
Terceirização dos serviços de saúde no município esteve entre os principais assuntos abordados durante sessão. Crédito: Juliana Pisoni
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As frequentes reclamações de pacientes sobre a falta de médicos e a demora pelo atendimento nos postos de saúde motivaram alguns vereadores a solicitar que o governo municipal rompa o contrato com a empresa terceirizada, responsável pelos serviços prestados ao município, na área da saúde.

Ao usar a tribuna, durante a sessão dessa segunda-feira, 20, o vereador Carlos Eduardo da Silva (MDB) fez críticas ao modelo operacional da empresa. Ele cita como exemplo a falta de um médico no posto de saúde do bairro Jacarezinho, que se ausentou em função das férias e não foi substituído.

“As pessoas não podem ficar doentes, porque se o médico não puder comparecer, a empresa não substitui este profissional, e ainda avisa a Secretaria encima da hora. Essa empresa deveria prestar um serviço de excelência e não o faz”, pontua Silva. O vereador pede que o prefeito, Jonas Calvi, e a secretária de Saúde, Clarissa Da Rosa Pretto, convoquem uma reunião para que a empresa preste esclarecimentos sobre os serviços ofertados e que apresente soluções.

A empresa vencedora da licitação é a Proativa Saúde – Cooperativa de Trabalho de Profissionais da Área da Saúde Ltda, de Porto Alegre. O contrato com a administração municipal foi renovado no dia 9 de fevereiro. De acordo com o documento, a contratação dos serviços terceirizados englobam as áreas de farmácia, enfermagem, odontologia e agentes comunitários.

Opiniões distintas

O vereador Joel Bottoni (PSDB) defende o município quando diz que as falhas precisam ser corrigidas, mas que também há muita coisa boa sendo feita. “Dizer que toda a população está descontente com a saúde do município, não é verdade”, pontua.

Ele esclarece que o médico que atende no posto de saúde do bairro Jacarezinho não é contratado pela empresa terceirizada, mas sim pelo programa Mais Médico. Por outro lado, concorda que deveria ter ocorrido a substituição do profissional, para que a população seja atendida da melhor forma possível.

Já o vereador Marino Deves (PP) enfatiza que o município possui a deficiência na área médica há cerca de seis anos, desde que a terceirização iniciou. “Por diversas vezes alertamos o Executivo e mesmo assim o contrato foi renovado. Enquanto existir o serviço de terceirização o problema na área da saúde vai persistir e quem vai pagar é a população”, observa.

A reportagem tentou contato com a secretária de Saúde, Clarissa da Rosa Pretto. Entretanto, não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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