Explicar algumas críticas aos serviços de saúde e prestar contas à comunidade. Esses foram os motes da participação do secretário da Saúde, Celso Kaplan, na sessão da câmara dos vereadores nessa segunda-feira, 20. A partir da avaliação conjunta do governo, gestão do hospital e pronto atendimento, fica definido que os órgãos farão reuniões periódicas para alinhar estratégias.
O secretário direcionou sua fala na apresentação dos números do setor nos últimos 12 meses. De acordo com as estatísticas, os serviços básicos de saúde no município tiveram um crescimento de 27,6% no período. Os atendimentos de emergência, no mesmo recorte de tempo, aumentaram 76,1%.
A demanda pelo serviço de pronto atendimento, disponível em tempo integral para a população, mais que dobrou. Em maio deste ano, foram 7.003 atendimentos, contra 3.122 no mesmo mês de 2022. “É algo surpreendente. Significa que temos um grande apoio e que reforça a necessidade de termos um atendimento 24 horas por dia”, afirmou o secretário.
Sobre o alto número de atendimentos no Hospital Estrela, Kaplan destacou a necessidade de uma “mudança de cultura” e disse contar com a união de esforços dos serviços de saúde para conscientizar a população. “Nós temos que ensinar as pessoas algumas coisas. Ainda existe a cultura de que ‘no hospital eu vou e resolvo tudo’”, justifica.
O plano dos gestores é mudar a estratégia no atendimento inicial dos pacientes. Pessoas que buscarem serviços de média e alta complexidade, que sejam classificados nas cores azul e verde, serão redirecionados para os postos de saúde.
Pedido de desculpas público
Antes da sessão, o diretor-geral de Operações de Saúde da Rede de Saúde Divina Providência (RSDP), José Clóvis Soares, participou de reunião com os vereadores. Havia uma expectativa sobre das informações solicitadas pelo Legislativo e a entidade esclareceu que os dados foram repassados no dia 8 de junho.
Isso motivou uma retratação do vereador Volnei Zancanaro (PSL), que cogitou indicar uma moção de repúdio aos serviços do hospital. “Hoje peço desculpas ao hospital. Para minha surpresa, quando este senhor (José Clóvis) veio conversar conosco, ele disse que tentava agendamento com a casa desde janeiro.”
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