O inverno começa na próxima semana, mas a região já registrou períodos de frio intenso e marcas negativas durante o mês de junho. Além das baixas temperaturas características da estação, este ano a tendência é de chuva com acumulados acima da média em algumas regiões do RS. Essa também é a projeção para o Vale do Taquari.
De acordo com o prognóstico divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), durante os próximos três meses a precipitação pode superar os 400 milímetros. Mesmo sob a influência do fenômeno La Niña, conhecido por chuva abaixo da média, o cenário pode divergir com a recorrência de frentes frias.
A condição de chuva favorece na recomposição dos níveis hídricos, mas, por outro lado, compromete a colheita da soja safrinha e atrasa o plantio do trigo, umas das principais culturas de inverno. Na região, no ano passado houve um incremento de pelo menos 60% na área cultivada do cereal.
A chuva em excesso, de acordo com a Emater/RS-Ascar, também impacta no cultivo de hortaliças. Na cultura da alface, as plantas seguem com problemas de fungos, como o mofo branco, que afeta a base das plantas e causa o apodrecimento do caule.
Frio favorece frutíferas
O técnico agrícola, Leandro Peterson, destaca a importância do frio para a dormência das frutíferas. “As espécies caducifólias, que perdem as folhas no inverno, exigem de duzentas a mais de mil horas de frio com temperaturas abaixo de 7,2 graus”, observa.
Conforme Peterson, esse frio possibilita o ciclo de dormência. Essa parada fisiológica permite a retomada com uma floração intensa e constante. As baixas temperaturas também protegem as frutíferas dos seus principais inimigos, que são a mosca-da-fruta e a broca-grafolita.
“Essas pragas têm uma fase larval e, mesmo o adulto, não resiste a temperaturas negativas. Então no inverno há uma parada de multiplicação”, detalha Peterson. Com relação aos citros, o frio intenso no início do mês prejudicou alguns pomares com a incidência de geada.
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