Ambulatórios lotados, demora no atendimento em emergência e as reclamações dos pacientes motivam os vereadores a convocar dois gestores de saúde no município.
Na sessão dessa segunda-feira, 13, foi aprovada a convocação do secretário da Saúde, Celso Kaplan, para apresentar as medidas adotadas pelo governo para melhorar o serviço aos cidadãos. Também foi chamado o diretor-executivo do Hospital Estrela, Johnnie Locatelli.
Os vereadores pedem detalhes sobre os números de atendimentos, despesas e investimentos na área. “Pretendo fazer uma apresentação breve de 20 minutos, com trabalhos da secretaria, melhorias que tivemos e desafios que enfrentamos”, diz Kaplan.
O secretário menciona que, entre as informações, deve levar dados sobre convênios do governo e fazer um comparativo do que mudou no trabalho da saúde, diante do aumento das demandas. “A ideia é ter uma comunicação mais clara sobre os fluxos de trabalho e os contratos que temos. É uma forma de ter transparência, para mostrar à comunidade e aos vereadores o quanto é importante ter dados atualizados”, destaca Kaplan.
Divergências
O assunto gera opiniões distintas entre vereadores. O vereador Ernani de Castro (MDB), defende o município quando afirma que os pagamentos estão em dia e elogia os serviços de saúde. “Sempre quando solicitamos a Secretaria da Saúde, somos bem atendidos. Quando houve demanda, colocaram mais médicos.” Por outro lado, ele não concorda que pessoas tenham que esperar três horas por atendimento.
Já o vereador Volnei Zancanaro (PSL), questiona o uso da tribuna, uma vez que, segundo ele, os secretários participam de forma trimestral das sessões. E indica a entrada de outro tema em pauta, a reabertura do posto no bairro Auxiliadora. “Questionei recentemente e responderam que o prédio está alugado e o material para a reforma foi comprado. Mas não adianta pagar um aluguel onde não estamos usando.”
Moção de repúdio engavetada
Zancanaro demonstra preocupação com os atendimentos no PA+ e na emergência do HE. Ele inclusive articulou a proposição de uma moção de repúdio contra o hospital, pelas críticas da população ao serviço prestado, mas recuou ao longo da semana. “Eles pareciam estar nem aí para nós, mas entenderam que tem que dar explicações”, pontua ao lembrar da participação do representante da casa de saúde na próxima segunda.