“Tratamos empreendimentos como joias”

entrevista

“Tratamos empreendimentos como joias”

Sidnei, Gustavo e Daniel Schmidt comandam a Construtora Diamond, empresa que completou 25 anos de atuação no dia 2 de junho

“Tratamos empreendimentos como joias”
Sidnei, Gustavo e Daniel Schmidt comandam a Construtora Diamond, empresa que completou 25 anos de atuação no dia 2 de junho
Vale do Taquari

A Construtora Diamond chega aos 25 anos de história como sinônimo de excelência e alto padrão na construção civil. Administrada pelos irmãos Sidnei, Gustavo e Daniel Schmidt, a empresa fundada ao lado do pai, Hugo, entregou mais de 40 obras, todas dentro do prazo.
Reconhecida por trazer para o Vale do Taquari inovações presentes nos grandes centros urbanos, a Diamond expandiu atuação para mercados concorridos, como a Serra Gaúcha e o litoral Catarinense. Com investimento em tecnologia e gestão, a empresa se prepara para os próximos 25 anos.

Quando a família começou a se envolver com construção civil?
Sidnei – Antes de iniciarmos na construção civil enquanto família, nosso pai já trabalhava com obra, no turno oposto do Banco do Brasil, onde ele era gerente. Fomos criando o gosto e aprendendo sobre construção civil enquanto estudávamos, no Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT). Começamos a trabalhar bem de baixo e buscávamos esse entendimento sem saber onde iríamos chegar. O trabalho foi levando a novos desafios.

Daniel – Desde adolescente, o pai fazia obras antes da Diamond e a gente ajudava no turno oposto ao colégio. Acompanhamos as coisas acontecendo. Cada vez as obras foram ficando maiores e fomos construindo essa base por viver no ambinte da construção civil.

Gustavo – As nossas obras, antes da Diamond, não tinham elevador ou guincho. Ou era uma rampa ou tinha que jogar as coisas para cima. Somos dessa época. Hoje, nem se entende mais isso porque a tecnologia evoluiu e chegou a outros níveis de construção. Mas me lembro lá do início o quão trabalhoso era fazer uma obra.

Quando nasce a Diamond?
Sidnei – No início, 27 anos atrás, éramos sócios de uma outra construtora. Eram quatro pessoas que haviam trabalhado no Banco do Brasil e saíram em um plano de demissão voluntária em meados dos anos 1990. Meus irmãos estavam no colégio ainda e eu era recém-formado. Esse foi o início do nosso contato com uma construtora. Assim, terminamos o primeiro prédio, o residencial Milenar, na subida da rua Alberto Torres. Os demais sócios seguiram para outras atividades, eu e o pai decidimos apostar nesse negócio

Gustavo – Na época eu e o Dani não atuávamos 100% no negócio porque ainda estávamos no 2º grau. Foi uma decisão tomada pelo Sid e pelo pai, para posicionar a família na construção civil. O nome Diamond foi escolhido porque nossa intenção sempre foi tratar os empreendimentos como uma joia. Desde início pensamos no alto padrão, em ser uma construtora diferenciada, que faz bem-feito e trata cada empreendimento como uma obra de arte.

Qual foi o primeiro empreendimento da empresa?
Sidnei – O primeiro prédio foi o Residencial Diamond, ao lado da padaria Folhapé da rua João Abbot. Tivemos uma ótima resposta do público por alguns motivos. A confiança e a credibilidade que o pai tinha no Banco do Brasil, trouxe para a construção civil. Outro ponto foi trabalhar no público de alto padrão. Nossos pilares sempre foram alto padrão, confiança, compromisso com a entrega, comprometimento com o cliente.

Daniel – Já temos 40 empreendimentos entregues e cada vez nossas obras estão maiores. O alto padrão faz parte do know how da empresa. É preciso mais do que marketing, e sim saber o que está fazendo, tomar as decisões corretas com o cronograma, buscar qualidade no empreendimento. Tem que saber o que está fazendo e perceber o entrosamento de todas as obras. Estamos há 25 anos entregando obras no prazo.

Quando a Diamond decidiu atuar também fora da região?
Gustavo – Existem momentos que definiram nossa história. Em 2001 construímos a primeira obra em Porto Alegre. Fizemos três condomínios fechados de casas na Zona Sul, que foram um enorme aprendizado. Em 2007 concentramos novamente nossos esforços em Lajeado, porquê a cidade estava crescendo e com alta demanda por lançamentos. Nossas obras estavam sendo bem recebidas, com todos os empreendimentos entregues totalmente vendidos. Ampliamos a construtora em Lajeado, organizamos o processo e a empresa para voltar a construir fora de Lajeado, sempre olhando para locais com grande desenvolvimento. Optamos por Gramado, em 2015. Fizemos o Diamond Garden, que deu início a fase da construtora na Serra Gaúcha. Agora estamos com mais dois empreendimentos em andamento em Gramado e decidimos atuar em Balneário Camboriú, que faz parte da nossa estratégia de colocar uma obra em um mercado já estabelecido de alto padrão.

Quais são os desafios de trabalhar em diferentes regiões?
Sidnei – No Garden, em Gramado, quando começamos a concretar, tivemos que cancelar o serviço, porque o material não saia do caminhão betoneira. Estava muito frio, entre zero e -1ºC, as poças d’água congeladas. Nós nunca havíamos passado por isso. Tivemos que devolver o concreto porque ele desagregava. São situações inusitadas que não vamos passar aqui em Lajeado. Em Balneário Camboriú tem sistema de fundação que não existe em nenhum outro lugar. Então, contratamos empresas que são pioneiras nesse sistema no Brasil,já prestaram serviço para Petrobras e trabalharam no exterior. Nos cercamos de empresas muito renomadas para seguir no mesmo padrão de qualidade e crescendo.

Daniel – Agora, nesse novo empreendimento em Gramado, concretamos uma etapa e o frio veio de madrugada. Para garantir a cura do concreto, criamos calor por meio de fogueiras para esquentar o canteiro de obra e ter um ambiente controlado na madrugada. Nossos funcionários ficaram lá para cuidar dessa etapa. Vamos aprendendo a cada empreendimento.

Porque a empresa concentra a maior parte de seus lançamentos em Lajeado?
Gustavo – Nascemos e fomos criados em Lajeado. Sempre tivemos muito apreço em ver a cidade crescer, em ter envolvimento com a região e fazer parte de tudo o que está acontecendo no nosso Vale. Sempre tivemos muito orgulho, como família e como empresa, em trazer para nossos empreendimentos tecnologias e novidades que puxam a régua para cima. São inovações que fazem com que a nossa cidade acompanhe o que acontece em outros centros urbanos. A construção civil é a base do desenvolvimento.

Sidnei – Além de sermos daqui, nossos amigos são daqui e alguns momentos marcaram muito a nossa trajetória. Um deles foi quando construímos o nosso primeiro prédio comercial, o Diamond Center. A qualidade da entrega mudou a régua da cidade. Antes havia prédios mais simples que começaram a perder a relevância. Os prédios que fizemos na Benjamin começaram a abrir essas portas. Lajeado tem um nível de construção civil que cidades maiores não tem. Nos orgulha muito ser vanguarda disso e trazer essa qualidade de vida para as pessoas.

Como a empresa manteve os prazos de entrega em meio a pandemia?
Daniel – Por ter um tamanho maior conseguimos manejar as equipes para um empreendimento mais perto da data. Também manejamos volumes de compras e programações. Por ter várias obras, estamos mais organizados. Não podemos tomar decisões em cima do momento. Mesmo assim, a Covid foi um desafio.

Sidnei – Fomos muito testados. Para receber um laminado que levava 20 dias na fábrica, o tempo passou a ser de seis meses. Mesmo assim, entregamos um prédio em meio a pandemia e dentro do prazo. Ficamos muito orgulhosos desse feito, fruto do engajamento de toda a equipe e centenas de pessoas com o mesmo propósito.

Gustavo – Quanto mais controle dos nossos processos, mais certeza é do prazo de entrega. Sem esse controle, não temos como vender um apartamento e dizer que ele vai ficar pronto. Se a data de entrega é novembro 2025, o cliente programa o casamento para perto daquela data. As pessoas se programam conforme o prazo de entrega do imóvel. Pode ser o primeiro imóvel, ou uma família que planeja ter filhos. Os clientes depositam a confiança nas construtoras e programam etapas importantes da vida conforme a entrada no imóvel.

Qual o futuro da construção civil?
Gustavo – Os próximos 25 anos terá evoluções muito mais rápidas, assim como ocorre em outros setores. As obras, em geral, terão que se adaptar para inserir cada vez mais tecnologia embarcada dentro do prédio. Os empreendimentos já tem essa tendência, mas vai ficar mais forte. O prédio será mais autônomo, fazendo um autodiagnóstico de todos os setores, instalações e serviços. Tem muita tecnologia que mudará a forma como se usa um imóvel no dia a dia.

Sidnei – No momento que vendemos um prédio agora, para entregar em quatro anos, temos que antever as necessidades das pessoas. A tecnologia evolui muito em quatro anos. O prédio precisa estar preparado para receber essas novas tecnologias, ou embarcar elas no próprio empreendimento. Essa busca tem que ser muito antes do que o cliente imagina.


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