Situações de conflitos

Opinião

Rogério Wink

Rogério Wink

Situações de conflitos

Os conflitos são inerentes às relações humanas e não necessariamente são prejudiciais. Nas organizações de negócios, eles estão presentes e trazem importantes avanços.

Ter ideias diferentes, conflitantes, num ambiente aberto, pode gerar novas oportunidades, pois coloca em xeque o que está estabelecido, que muitas vezes pela rotina, pelo “ sempre funcionou assim”, pode estar comprometendo os resultados da operação ou mudanças para melhor.

“A desordem pode ser uma fonte de nova ordem e o crescimento surge do desequilíbrio…” (Margaret J. Wheatley, no livro “Liderança e a Nova Ciência”)

Os conflitos quando estabelecidos podem ser administrados ou encaminhados para soluções de várias maneiras.
Alguns caminhos envolvem uma certa acomodação. Sem alternativas via conciliação, quando fogem da linha do bom senso, viram disputas judiciais. Aliás, aqui no Sul, o “pessoal adora um Fórum”. Na conciliação, mediação, temos muito a avançar.

A disputa judicial, em muitos casos, apresenta custos financeiros e de relações elevados, e pode exigir longo tempo para um desfecho. Normalmente, os dois perdem, pois as relações entre as partes ficam abaladas e dificilmente são retomadas na plenitude.

A acomodação é outra forma de resolver o conflito. Nas situações em que os recursos são abundantes, as partes podem acomodar-se e decidir pela não continuidade da disputa, deixando o tempo trabalhar.

É uma solução, na maioria das vezes, também de ruptura, que implica na extinção do relacionamento entre as partes, pois o desgaste do tempo é inevitável.

A negociação é uma forma de resolução de conflitos que não necessariamente implica na ruptura de relacionamento.

A negociação parte de uma atitude construtiva que procura preservar, ampliar e fortalecer a continuidade da relação e, em conjunto, buscar uma nova solução. Na área comercial, ela é imprescindível para a continuidade do negócio.

Tanto nas relações pessoais como empresariais, a negociação é a forma mais elevada de superar e solucionar conflitos. Definir bem o seu “objetivo-alvo” (gosto muito desta expressão, ensinada pelo professor Fernando Röhsig) e transformar situações divergentes em colaborativas, obtendo sinergia entre as partes é o “x” da questão para o encaminhamento da solução dos problemas.

No ambiente um tanto “ bélico” , de disputa pela disputa que vivemos em muitos ambientes, o cenário de ponto de convergência tem sido desafiador.

Tenho observado que conflitos simples, apenas de “ponto de vista”, tem se transformado em batalhas, deixando sequelas emocionais e de negócios muito pesadas. Acontece muito quando o ego vem em primeiro plano.

Por outro lado, também tenho observado que empresas maduras, com líderes experientes, têm aproveitado os debates, os conflitos, para construir novas alternativas, fortalecendo o que já está edificado e criando novas experiências e soluções inovadoras capazes de gerar oportunidades para os envolvidos.

O desafio é escolher o ponto certo, com clareza e foco, processos bem desenhados para os cenários de conflito, canalizando a energia gerada para novas ideias e suas implantações, capazes de alavancar as relações e os negócios.


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