O governo estadual anunciou o primeiro estudo para o edital de concessão das rodovias no dia 17 de junho de 2021. Desde então, líderes e representantes do Vale do Taquari debatem e criticam o modelo apresentado, sem nunca chegarem a um consenso sobre as principais demandas e reivindicações. E o resultado desta falta de sinergia não poderia ser outro. Passados quase 12 meses do anúncio inicial, e após uma série de conversas e audiências protocolares, a licitação será aberta e a nossa região vai pagar um preço alto pela desunião.
Nestes quase 12 meses de negociações e poucos avanços, o coletivo nunca se destacou. Muito pelo contrário. Em quase um ano de bravatas, entrevistas, viagens a Porto Alegre e afins, muitos personagens se destacaram individualmente. Surgiram muitos especialistas no assunto, com propriedade para falar, mas nunca houve um discurso unívoco, de pleno entendimento, e realmente alinhado com todos os anseios regionais. Aliás, até ocorreram momentos de união, mas apenas perante as câmeras e microfones. Nos bastidores, muitos ainda jogam contra.
E o resultado dessa desunião, que quase resultou em uma ruptura da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), é a empáfia do governo estadual. O governador e alguns de seus comandados sabem muito bem com quem lidam. Na Região Metropolitana, por exemplo, a união de forças inibiu as ações governamentais. No Vale do Taquari, o chefe do Executivo estadual anunciou o indigesto edital poucos minutos antes de almoçar com nossos prefeitos e líderes, na certeza de que pouco lhe importunariam. E ele estava certo.
É preciso reconhecer a boa intenção e a capacidade técnica e analítica de muitos agentes públicos e privados. E há de se reconhecer, também, que uma ala do governo estadual sempre se mostrou disposta ao diálogo e aos contatos quase que diário com os repórteres deste grupo de comunicação. E há de se reconhecer, também, que consensos são coisas raras na política e na sociedade civil. Mas, e acima de tudo, há de se reconhecer que este caríssimo modelo de concessão sugerido ao Vale do Taquari é ruim para o cidadão.
Brum se despede
Após cinco legislaturas como deputado estadual, Edson Brum (MDB) usou o período do Grande Expediente da Sessão Plenária dessa terça-feira para se despedir do parlamento gaúcho. Em seu pronunciamento, o parlamentar prestou contas de seus mandatos. Na próxima semana ele será investido Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS).
Em apartes, prestaram homenagem as deputadas Any Ortiz (Cidadania), Kelly Moraes (PL) e Zilá Breitembach (PSDB), e os deputados Elizandro Sabino (PTB), Eduardo Loureiro (PDT), Frederido Antunes (PP), Edegar Pretto (PT), Tenente-Coronel Zucco (Republicanos), Dalciso Oliveira (PSB), Giuseppe Riesgo (Novo), Aloísio Classmann (União) e Carlos Búrigo (MDB).
Acompanhe nossas redes sociais: WhatsApp/ Instagram / Facebook