Por que decidiu ser professora?
Decidi ser professora aos seis anos, quando fui para a escola e me apaixonei pelo trabalho da minha primeira professora, Inês Lunkes Brunetto. Brincava de escolinha com minhas bonecas em casa. Com o tempo, minhas professoras perceberam minha paixão e me deixavam passar os textos no quadro para os colegas copiarem. Ali nascia uma professora. Sempre fui uma líder, gostava de me envolver com as pessoas.
Você tem um longo envolvimento com grupos de danças na cidade. De onde surgiu o interesse e a paixão por este trabalho?
Em 1992, eu era professora na Emef Dom Pedro I. Na ocasião, o Waldemar Richter criou o grupo de Danças Alemãs Fruhlingstanz. Em paralelo à sala de aula, passei a acompanhar os ensaios do grupo. Em 1996, fui convidada para ir a Gramado participar de um curso de formação de lideranças de grupos folclóricos, com professores da Alemanha e da Áustria. No ano seguinte, passei a atuar em todos os grupos existentes nas escolas de Lajeado. Foi um presente que minha vida profissional me trouxe. Os pais que foram meus alunos agora trazem seus filhos para os grupos.
No Centro de Cultura Alemã, você também coordena grupos de danças folclóricas. Como é desenvolver este trabalho com crianças e adultos?
Sou sócia fundadora do Centro de Cultura Alemã e trabalho com crianças, jovens, adultos e também terceira idade. Atuar com essas pessoas dentro do mundo da dança é muito gratificante. A dança alimenta a alma, traduz a alegria e fortalece vínculos. A convivência dentro dos grupos é muito boa, dentro de uma cultura de entretenimento e aprendizagem, e nos mantém com a mente saudável.
O ano tem sido de retomada. Como é voltar com as apresentações e os eventos presenciais após dois anos?
É muito especial e diferente. A retomada dos nossos encontros era algo muito esperado. Ver as pessoas assistirem, baterem palmas e vibrarem com a música alimenta a nossa alma. Por vezes me emociono quando vejo os olhos das crianças brilhando. Vestir o traje novamente e deixar o sapato brilhando nos traz muita satisfação.
Como preservar a cultura e as tradições alemãs para o futuro?
Muitas famílias daqui ainda falam a língua alemã em casa. Encontro muitas pessoa que, as vezes, tem até dificuldades de expressão na língua portuguesa. Somos um vale fértil, trabalhador e herdamos essa cultura dos nossos imigrantes. Tenho certeza que nossa cultura será perpetuada e repassada às novas gerações, pois corre em nossas veias esse espírito de viver em comunidade que produz, planta e colhe.
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