O governo estadual decidiu fazer uma queda de braço com o setor produtivo do Vale do Taquari, mas acabou por comprar uma briga com boa parte dos agentes públicos com milhares de motoristas e moradores das cidades lindeiras. Aliás, a briga transpassa as barreiras do Vale do Taquari. A Fetransul, por exemplo, já procurou o Ministério Público de Contas para tentar suspender o polêmico edital de concessão das rodovias estaduais que abrange o bloco 2, e as comunidades de Encantado e Cruzeiro do Sul anunciam protestos presenciais nas respectivas praças de pedágio. Paralelo a tudo isso, uma ação judicial deve ser ajuizada em breve.
Com tantos movimentos contrários, o processo de licitação projetado pelo governo estadual carece e muito de segurança jurídica para os eventuais interessados no leilão agendado para setembro. Além de todas as dúvidas e reclamações, a futura concessionária também precisa estar ciente da insatisfação de muitos municípios no que refere às obras projetadas para os trechos concedidos. Ou seja, a empresa que vencer o edital será duramente cobrada para incluir novas obras de arte no contrato, sem que isso impacte de forma substancial no preço da tarifa. Definitivamente, o governo do Estado não percebe o buraco em que se meteu.
Ana da Apama x MDB
Presidente do MDB em Lajeado, o empresário Celso Cervi enfim conseguiu uma agenda com a vereadora Ana da Apama (MDB). Cervi tentava o encontro há meses, e chegou a solicitar uma notificação extrajudicial para forçar a parlamentar a se comunicar com a Executiva do partido. E o aguardado encontro ocorreu na manhã dessa segunda-feira, no plenário da Câmara de Lajeado. Além deles, participaram os dois assessores diretos da vereadora, além do advogado Rodolfo Agostini. A conversa foi cordial, e alguns pontos foram expostos. Ana reclamou do pouco apoio recebido dos colegas emedebistas do Legislativo, e avisou que vai procurar assessoria jurídica para definir os próximos passos. E ela deve pedir para deixar a sigla.
Apenas 20% de assertividade no PA
Os dados são preocupantes. De acordo com a Rede Divina Providência, o setor de pronto-atendimento do Hospital São José, em Arroio do Meio, não é aproveitado da forma correta. Hoje, quase 80% dos pacientes não deveriam procurar o espaço destinado à urgência e emergência, mas, sim, um posto de saúde. Ou seja, entre 2.109 atendimentos registrados na casa de saúde em determinado período, 1.665 eram de quadros clínicos sem urgência. Acima de tudo, precisamos mudar a cultura e compreender que há espaços e espaços para atendimentos na rede pública de saúde. Para isso, é claro, o poder público também deve disponibilizar boas alternativas. E não será no grito (ou na marra) que as coisas vão mudar.
Acompanhe nossas redes sociais: WhatsApp/ Instagram / Facebook