A relação entre a mão de obra e a tecnologia representa um dos principais paradoxos para o Brasil. Ao mesmo tempo em que sobram vagas nas áreas ligadas ao desenvolvimento tecnológico, o desemprego persiste e assusta até mesmo os profissionais que estão empregados. Levantamento da consultoria PwC mostra que 30% da força de trabalho no país receia que os avanços tecnológicos possam substituí-los nos próximos 3 anos.
Realizado com 52 mil pessoas de diferentes países, o estudo mostra ainda que 35% dos trabalhadores brasileiros temem não receber treinamento em competências digitais e tecnológicas de seus empregadores. Conforme a pesquisa, as empresas brasileiras investem menos que a média global em qualificação e aprimoramento de habilidades, fato que prejudica tanto colaboradores quanto as próprias organizações.
O reflexo desse cenário pode ser percebido no Vale do Taquari, onde existem cerca de 500 postos de trabalho abertos nas áreas de Tecnologia da Informação. Iniciativas como o Crie_TI, curso imersivo da Univates com duração de dez meses, tentam reduzir esse deficit, mas a capacidade de formação de novos profissionais ainda é menor do que a necessidade do mercado.
As empresas também precisam vencer o medo da tecnologia, proporcionando aos seus profissionais qualificação contínua na área. Caso contrário, não apenas os trabalhadores perderão seus empregos, mas as próprias organizações correm o risco de serem engolidas pelo mercado.
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