A relação entre o MDB e a vereadora Ana da Apama nunca foi de muita cumplicidade. A única parlamentar no Legislativo de Lajeado caiu de paraquedas na política municipal, e o número expressivo de votos está muito mais ligado à causa animal do que propriamente ao apoio do partido e de seus correligionários. É fato. Se ela tivesse escolhido outra sigla para concorrer em 2020, muito provavelmente teria atingido um bom número de eleitores. Mesmo assim, e conforme a tradição política, ela deve satisfações à Executiva do partido.
Mas, e isso ocorre desde o início do mandato, Ana da Apama sempre fez pouco caso do próprio partido. Certa ou errada, ela pouco (ou quase nada) levou a sério uma série de orientações oferecidas pelo MDB em votações e decisões referentes aos projetos de lei e escolhas das Mesas Diretoras do plenário. Ela tampouco aceitou conversar ou receber visita do atual presidente municipal da sigla, Celso Cervi. Ele, aliás, chegou a fazer plantão no gabinete dela, e mesmo assim os dois não conversaram.
A relação, que iniciou por intermédio do experiente vereador Carlos Ranzi (MDB), às vésperas do pleito passado, parece que chegou ao fim. Na terça-feira, ela recebeu um ofício extrajudicial encaminhado pela
Executiva do partido. O teor era simples: entrar em contato dentro de um período de oito dias para resolver o desconforto. Cervi quer uma ruptura amigável. Mas, se Ana não aceitar a proposta, a expulsão da sigla será o único caminho, o que não interfere em nada no mandato conquistado em 2020.
Fato é: o MDB cansou do desprezo e não quer mais Ana da Apama no quadro de filiados. E Ana, que possui legitimidade própria para o cargo eletivo, nunca aceitou o propósito do MDB. E vida que segue!
TCE e a economia
A notícia está no site do Tribunal de Contas do Estado (TCE). De janeiro a março de 2022, as ações de fiscalização das Supervisões de Auditoria Municipal geraram benefícios estimados em R$ 68,4 milhões aos municípios gaúchos. O valor é resultado das auditorias que evitam gastos indevidos. Do montante, 75% (ou R$ 51,3 milhões) foram originados na redução de preços máximos em licitações. As principais irregularidades incluem áreas como coleta de resíduos sólidos, obras de pavimentação, gerenciamento de cartões-vale alimentação, iluminação pública e aquisição de pneus. Aliás, são temas recorrentes no Vale do Taquari.
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