A apuração anual das maiores empresas em retorno de impostos coloca no ranking marcas dos segmentos de alimentação, higiene, cosméticos e medicamentos. Os dados divulgados pelo governo municipal ratificam o crescimento das indústrias em setores tradicionais. Entre as que se mantêm no topo da lista, a cooperativa Dália.
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O relatório também expõe a evolução no número de empresas. Em dez anos surgiram 1.172 novos negócios, a maioria por Microempreendedores Individuais (MEIs). Na avaliação do setor tributário, esse resultado é considerado ótimo por fortalecer e viabilizar investimentos para desenvolver a economia local.
De acordo com o responsável pelo setor de tributos, André Konrad, tanto a área industrial quanto a agricultura representam a principal fonte de arrecadação. O relatório disponibilizado sobre as maiores empresas no quesito de Valor Adicionado Fiscal (VAF) é referente ao ano base de 2021 e dará retorno de ICMS no próximo ano. “Essa lista ainda é provisória pois não foi publicada pelo Estado.”
Ainda conforme Konrad, na última apuração do índice, Encantado teve um crescimento expressivo. “É o segundo município que mais desenvolveu na região da Amvat e o 26° no RS. Neste ranking estadual passou da posição 84 para 77”, enfatiza o fiscal tributário.
Outro fator que pode ter contribuído com a evolução no desempenho econômico de Encantado é o aprimoramento técnico do setor de fiscalização tributária. Entre as ações, a coleta e auditoria de informações fiscais de todas empresas e produtores, a fim de garantir as informações do indicador de Valor Adicionado Fiscal.
O município também prevê crescimento ainda maior das empresas e da economia local diante da reestruturação da estrutura administrativa. Está prevista a sala do empreendedor, setor de desenvolvimento e tributário, além de investimentos das organizações em vista as oportunidades de negócios a partir do turismo.
Qualificação e mudança cultural
A administração de Encantado apresentou esta semana um profissional para a área de Desenvolvimento Econômico. O gestor é Eder Boaro. Ele destaca que são necessários investimentos para a qualificação da mão de obra e mudança cultural de trabalhadores e empresários.
“Precisamos tornar constante o treinamento nas empresas, investir em lideranças e implementar processos de inovação. Essa mobilização é essencial para que se possa prosperar e evoluir cada vez mais”, sintetiza Boaro.
Em relação às MEIs, percebe que é uma forma de regularizar o trabalhador, mas destaca que pelo modelo como é difundido impacta na arrecadação municipal e de todo o país. “É um desafio para evitar um problema social mais à frente.”
Tradição no setor primário
Conforme o presidente da Associação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E), Alex Sandro Herold, a tradição das empresas e a força do setor primário evidenciam as principais matrizes econômicas. “A área de alimentos é reflexo da construção histórica de marcas como a Dália, Baldo e tantas outras. Além disso, os segmentos de cosméticos, chocolates e distribuição de medicamentos também se destacam.”
Como atribuição da entidade, Herold aponta para iniciativas que instigam a inovação. Ele cita o movimento Prodel, alinhamento com a Univates para qualificação de jovens na área de Tecnologia da Informação (TI) e incentivo aos processos sustentáveis.
Outra matriz econômica que deve despontar nos próximos anos e se tornou uma das grandes apostas é o turismo. “É um setor que se trabalha desde a década de 90, mas agora com a construção do monumento do Cristo recebe outra perspectiva. Esse potencial se traduz em novos empreendimentos, geração de empregos e renda”, reitera Herold.
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