Onda de demissões voluntárias chega ao Brasil

Opinião

Thiago Maurique

Thiago Maurique

Jornalista

Coluna publicada no caderno Negócios em Pauta.

Onda de demissões voluntárias chega ao Brasil

Fenômeno mundial do pós-pandemia, a onda global de demissões voluntárias parece ter chegado ao Brasil. Apesar do alto índice de desemprego no país, que atingiu 11% no primeiro trimestre desse ano, mais de 600 mil pessoas pediram demissão em março, maior número desde a reformulação da metodologia de contagem de vagas, em janeiro de 2020.

Chamada no mundo de “grande demissão” ou “grande resignação”, a onda de demissões voluntárias em massa começou em setembro do ano passado, nos Estados Unidos e logo se espalhou por países China, Índia, Reino Unido, Alemanha e França. Os norte-americanos lideram os números: somente em março, foram registradas 4,5 milhões de demissões voluntárias no país.

O principal motivo para esse comportamento são as mudanças no mercado de trabalho durante a pandemia. Parte dos trabalhadores não aceitou o retorno aos escritórios depois de dois anos em Home Office. Outra parcela significativa aceitou trabalhos fora da área de formação no auge da crise e agora busca recolocação condizente com a qualificação. Somam-se ainda jovens profissionais da chamada geração Z, que preferem ficar desempregados a trabalhar com o que não gostam.


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