Fenômeno mundial do pós-pandemia, a onda global de demissões voluntárias parece ter chegado ao Brasil. Apesar do alto índice de desemprego no país, que atingiu 11% no primeiro trimestre desse ano, mais de 600 mil pessoas pediram demissão em março, maior número desde a reformulação da metodologia de contagem de vagas, em janeiro de 2020.
Chamada no mundo de “grande demissão” ou “grande resignação”, a onda de demissões voluntárias em massa começou em setembro do ano passado, nos Estados Unidos e logo se espalhou por países China, Índia, Reino Unido, Alemanha e França. Os norte-americanos lideram os números: somente em março, foram registradas 4,5 milhões de demissões voluntárias no país.
O principal motivo para esse comportamento são as mudanças no mercado de trabalho durante a pandemia. Parte dos trabalhadores não aceitou o retorno aos escritórios depois de dois anos em Home Office. Outra parcela significativa aceitou trabalhos fora da área de formação no auge da crise e agora busca recolocação condizente com a qualificação. Somam-se ainda jovens profissionais da chamada geração Z, que preferem ficar desempregados a trabalhar com o que não gostam.
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