“Esse não é um serviço que se espera para uma rodovia com pedágio. Desde que a EGR assumiu, as condições da via pioraram e colocam em risco quem ali transita”, desabafa o empresário Rogério Gottems. Ele é um dos líderes regionais engajados em busca de providências para a RSC-453.
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Os pedidos de qualificação dos serviços já foram encaminhados à Assembleia Legislativa, à agência reguladora estadual e agora, úne prefeitos dos vales do Taquari e Rio Pardo. Ainda na semana passada, durante em assembleia conjunta das associações Amvat e Amvarp, a busca por melhores condições de trafegabilidade entre Lajeado e Venâncio Aires esteve em pauta.
Por consequência, as organizações encaminharam ontem ofício em que solicitam reunião com diretores da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). No documento, as reivindicações tratam da precariedade dos reparos iniciados em novembro do ano passado pela empresa e também da falta de investimentos para garantir mais durabilidade do material aplicado.
De acordo com o prefeito de Mato Leitão, Carlos Bohn, o trecho de cinco quilômetros, recapeado no mês passado, apresenta defeitos e buracos em diversos pontos. “O material que eles usam não dura mais de dois meses. Parece que as tratativas de extinção da EGR estão interferindo nos serviços que eles recebem para fazer.”
No entendimento de Bohn, é necessário acelerar o cronograma de obras a fim de evitar tragédias no trecho. Pontos entre Mato Leitão e Venâncio Aires apresentam os maiores problemas. Além dos buracos, a sinalização também é motivo de reclamações.
Conforme a EGR, o cronograma de melhorias iniciado no ano passado contempla os 30 quilômetros do segmento rodoviário. Nos trechos esburacados foram aplicadas ações paliativas. Em outros pontos, houve a reciclagem da pista, além da colocação de camada asfáltica. Estes serviços são questionados pelos líderes regionais, por não resolverem o problema da estrada.
Desperdício de dinheiro
Com duas plantas industriais, uma em Venâncio Aires e outra às margens da RSC-453, em Mato Leitão, o empresário Rogério Gottems emprega mais de 160 funcionários. Para reduzir risco de acidentes nas imediações da empresa, ajustou a jornada de trabalho com intervalos de 10 minutos na liberação gradual dos profissionais.
Gottems considera o formato das obras como desperdício de dinheiro dos contribuintes. “São serviços com durabilidade de dois meses. Pagamos pedágio e impostos para ter uma estrada precária”, observa.
Segundo o empresário, diversas vezes presenciou as equipes terceirizadas da EGR aplicarem o asfalto em sacos e espalharem com as botas. “É uma vergonha a forma como conduzem essas ações paliativas.”
Rodovia une os vales
A RSC-453 é a principal ligação entre as rodovias BR-386 e RSC-287. O fluxo médio, conforme verificado ontem entre 16h e 17h, chega a 240 veículos por hora. Diante da relevância por unir os vales do Taquari e Rio Pardo, as duas regiões buscam apoio em diferentes esferas governamentais para viabilizar melhorias.
O vice-presidente da Amvarp e prefeito de Pantano Grande, Mano Paganotto, reitera as articulações para ampliar investimentos por parte da EGR. “Eles alegam situações que envolvem licitação, mas isso não pode ser empecilho para oferecer segurança aos motoristas.”
Da mesma forma, o presidente da Amvat e prefeito de Colinas, Sandro Herrmann, critica o elevado preço do pedágio e a falta de retorno em obras na via. “É uma rodovia de expressão por conectar duas importantes regiões com a Serra. É sem dúvida uma estrada estratégia ao desenvolvimento socioeconômico.”
Programa ao vivo
O grupo A Hora transmite nesta sexta-feira, 13, a partir das 8h10min, o programa Frente e Verso às margens da RSC-453. A programação apresentada por Fernando Weiss conta com a participação de líderes políticos e empresários das duas regiões que unem esforços e reivindicam melhores serviços por parte da EGR. Além da transmissão pela Rádio A Hora 102,9 o programa também estará disponível nas plataformas digitais do grupo.
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