Faz 22 meses que a quarta maior cheia do Rio Taquari na história de Lajeado devastou parte da cidade. A Escola Estadual Fernandes Vieira, na Rua Francisco Oscar Karnal, ficou com buracos no piso de seis salas. Apesar da enchente desta semana não atingir o colégio, o assoalho permanece danificado na sala do 7º ano, que deveria receber 22 estudantes.
Para reduzir o impacto aos alunos, os funcionários da escola fizeram um mutirão durante as férias. As tábuas de uma das salas foram reaproveitadas nas outras dependências. A diretora Rosângela Petter de Mello comprou os pregos com dinheiro do próprio bolso e, os servidores “botaram a mão na massa”.
Conforme a vice-diretora e coordenadora pedagógica, Roseli Zaleti dos Santos Soares, o objetivo da força-tarefa foi propiciar aulas presenciais após um ano letivo comprometido pela pandemia. “Fizemos para eles voltarem às aulas este ano. No ano passado, as turmas foram divididas em grupos e a presença escalonada”, relata Roseli.
Os alunos do 7º ano usam a sala onde seria o Auditório. O improviso reduz as alternativas dos docentes para trabalharem com vídeos e filmes. Hoje, todas as turmas compartilham um projetor.
Obras atrasadas
Em maio do ano passado, a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (3ª CRE) informou que já havia contratado uma empresa para a reforma, orçada em R$ 91,3 mil. A empreiteira pediu reequilíbrio financeiro, mas não apresentou documentos comprobatórios sobre a defasagem do orçamento à coordenadoria regional de Obras.
O prazo estipulado para a empresa provar a diferença no preço do serviço expirou. O processo aberto para a reforma diz que a construtora não se manifestou. O protocolo foi recebido na segunda-feira, 6, pela Secretaria Estadual de Obras e Habitação.
A coordenadora regional de Educação, Cassia Benini, informa que levou as demandas de obras a Porto Alegre na quarta-feira, 4. Uma reunião na Casa Civil envolveu integrantes das Secretarias de Obras e Educação do RS.
“Foram juntados os pontos para as obras ocorrerem o mais rápido possível. Não estamos de braços cruzados”, afirma Cássia.
Além dos problemas na Fernandes Vieira, o encontro tratou dos problemas estruturais de outras instituições de ensino de Lajeado. Os alunos da Escola Carlos Fett Filho vão ao banheiro em um prédio anexo. Já o Colégio Presidente Castelo Branco, tem problemas antigos de infiltração. A troca do telhado também não ocorreu devido a defasagem no orçamento.
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