Em cima do cavalo, a lajeadense Carolina Zagonel se destaca nas provas campeiras. Desde criança, é acostumada com a lida e já participava das primeiras provas de laço. Hoje, o preparo é para disputar o Freio de Ouro e garantir uma vaga como única mulher na final da competição.
Com apoio do pai, Carolina começou a competir em provas organizadas pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), como o Freio Aspirante Feminino. Em 2006, já representando a Cabanha Maufer, competiu no Brinco de Ouro Feminino, e levou pra casa o prêmio de segunda colocada.
“A partir dali a cabanha me propôs dar um passo maior e, hoje, só faço provas do Freio de Ouro”, relembra.
Além do laço, também compete na prova de paleteada, ao lado do marido Fernando Lampert Weiand, proprietário da Maufer, em Cruzeiro do Sul, onde o casal vive hoje.
Para chegar à final do Freio de Ouro que, este ano, será entre os dias 27 de agosto e 4 de setembro, durante a Expointer, é necessário passar por três etapas. A primeira é a credenciadora, em que Carolina foi classificada.
Na última semana, ela participou da semifinal, chamada Bocal de Ouro, mas não foi selecionada. Ainda assim, disputará novas provas em junho para tentar a classificação.
Esta não é a primeira vez que chega perto da maior competição do RS. Em 2010, ela chegou na grande final, com a égua Amora 495 Maufer. Como representante do laço, também já foi vice-campeã brasileira em 2006.
Conexão com o cavalo
Formada em Medicina Veterinária, Carolina diz ser preciso conexão entre o competidor e o animal para um bom desempenho nas provas.
“Não é simplesmente ir lá, encilhar o cavalo e treinar. Tem toda uma equipe por trás. Desde o tratador, limpador de cocheira, quem dá banho no cavalo e quem cuida”, ressalta. Além disso, um cavalo com boa morfologia e funcionalidade tem destaque nas competições.
Para o Freio de Ouro, a amazona irá montar o cavalo Ouro Branco 2011 Maufer. Quem treina o animal é um funcionário da cabanha. Mas, antes das competições, gosta de se aproximar do cavalo para que ele se acostume com a presença dela.
“Sou muito cuidadosa. Gosto de estar com ele, ter aquele momento e criar aquela sintonia passando a escova, colocando para pastar”, destaca.
Representatividade
De acordo com Carolina, o número de mulheres é sempre muito inferior ao dos homens em competições como estas. Mesmo assim, diz ser respeitada no meio. Este ano, não percebeu grande movimentação feminina para participar, mas garante representá-las durante as provas.
“Estamos trabalhando com muita cautela e dedicação. Vamos fazer o possível para chegar na final, que é um sonho”, garante. Ouro Branco 2011 é de propriedade da Cabanha Maufer, e seu criador e expositor é Fernando Lampert Weiand.
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