Descartar resíduos orgânicos de forma adequada. Este é o objetivo da segunda Semana da Compostagem Brasil, que iniciou no domingo. Com atividades também em Lajeado, a iniciativa se estende até 7 de maio, com palestras de forma online e presenciais.
O evento é organizado em todo o país pelos embaixadores do Instituto Lixo Zero, e pelo grupo de Composteiros do Brasil. Na região, quem está à frente das ações é o Coletivo Lixo Zero Vale do Taquari e Recic Soluções Ambientais.
Na tarde desta quarta-feira (4), a programação conta com um encontro presencial no Tecnovates, com a bióloga Edith Ester Zago de Mello, o professor Odorico Konrad, e a gestora da Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA), Jéssica Barbieri de Oliveira. O assunto será a importância da prática para a preservação da biodiversidade, e o papel humano no desenvolvimento sustentável.
Educação ambiental
Apesar da compostagem ser praticada em algumas casas de Lajeado, Edith acredita que ainda é pouco. Nas últimas análises dos resíduos que chegam ao aterro sanitário do município, foi possível identificar que 44% dos materiais que chegam pela coleta convencional, e 20% pela coleta seletiva são orgânicos e poderiam ser compostados.
A bióloga ressalta que quando aterrados, estes resíduos geram gás metano, potencializador do efeito estufa, e chorume, que implica em custos ao município para ser tratado. Por isso a importância da compostagem.
Para que a situação mude, é preciso informação. Por isso, o Centro de Educação Ambiental iniciou o projeto “Escola Composta” que prevê o auxílio técnico para implementação ou manutenção de composteiras nas escolas municipais junto com atividades de educação ambiental.
Menos lixo, mais adubo
Com baldes, ferragem e minhocas, o estudante de psicologia Leandro Peixoto, 24, criou uma composteira doméstica, em 2015, quando foi para Porto Alegre. No recipiente, descartava restos de frutas e verduras e colocava o adubo nas plantas de casa, ou da casa da avó, que cultiva orquídeas e uma horta em Lajeado.
“Peguei três daqueles baldes de 15 litros dos restaurantes, furei dois deles embaixo e nas tampas. No mais baixo coloquei uma torneira para tirar o líquido. Consegui minhoca e montei”, conta Leandro.
O estudante evitava colocar resíduos temperados, laticínios e frutas muito ácidas como o limão, para não matar as minhocas, e utilizava a ferragem para não deixar o conteúdo úmido demais.
Alguns anos mais tarde, fez uma composteira para a avó. No início, Dona Edília Pretto Marchini não tinha muita prática. Mas, hoje, já se vira sozinha, e gosta do resultado do composto em suas plantas.
Cronograma de atividades
Quarta-feira (04/05)
Roda de Conversa:
Práticas de compostagem como ferramenta na educação ambiental – às 19h10min, no Tecnovates. Inscrições por meio do site www.sympla.com.br/praticas-de-comp
ostagem-como-ferramenta-na-educacao-ambiental
Quinta-feira (05/05)
Bate-papo com os
coagricultores –
das 17h às 10h – no CSA em Lajeado, para grupo fechado.
Sexta-feira (06/05)
Bate-papo dos Composteiros RS – 19h30, pelo Youtube Coletivo Lixo Zero RS
De 01 a 07/05
Desafio da compostagem, por meio do Instagram @recic.re e @lixozerovt
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