O que você faria com R$ 46,4 milhões? Na Inglaterra, alguém usou essa quantia – ou US$ 9,3 – para comprar a camisa que Diego Maradona usou na partida contra os ingleses, pelas quartas de final da Copa do Mundo de 1986.
Sim, a partida marcada pela “mano de Dios”, quando o craque marcou um gol com a mão – e, é claro, um dos gols mais antológicos da história das Copas, quando pegou a bola no meio-campo e driblou toda a defesa britânica para marcar o gol da vitória por 2 a 1.
Este valor foi alcançado pela casa de leilões Sotheby’s, no dia 20 de abril. A camisa azul com o número 10 prateado às costas pertencia ao ex-jogador inglês Steve Hodge, que garante ter trocado de uniforme com Maradona após o jogo no estádio Azteca (Cidade do México). O nome do comprador não foi divulgado.
Este é o maior valor já pago por um uniforme esportivo em um leilão e superou a estimativa da Sotheby’s. A expectativa era que o uniforme alcançasse entre 4 milhões e 6 milhões de libras – de R$ 25 milhões a 37,6 milhões.
O recorde de valor pago por um uniforme esportivo pertencia a uma camisa usada pelo ídolo do beisebol Babe Ruth, vendida por US$ 5,64 milhões em 2019 – R$ 28,3 milhões pela cotação atual.
Esse valor faz sentido?
Para Carlos Caloghero, nome à frente do Brechó do Futebol, loja especializada em camisas antigas de futebol em Porto Alegre, este valor foge muito do padrão visto em outras peças tão importantes quanto esta. Ele cita como exemplo uma camisa do Pelé, que foi vendida por US$ 40 mil.
“A morte do Maradona foi um drama mundial e ainda é recente. Além disso, há o aspecto da internet, que impulsiona essa demanda e a inflação dos valores”, avalia.
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