A enchente de 2020 foi histórica, mas uma boa parte do prejuízo poderia ter sido evitada se a comunidade local estivesse mais preparada como um todo para os fenômenos que se repetem ano após ano. Não é uma caça às bruxas. Mas é um novo aviso.
Vivemos na era da tecnologia e, mesmo assim, os ribeirinhos ainda não foram contemplados com ferramentas públicas capazes de mantê-los informados 24 horas por dia sobre as condições dos mananciais.
Por outro lado, as Defesas Civis se movimentaram neste intervalo de dois anos e a rede voluntária de proteção e resgate está muito mais completa, com o advento de jipeiros e proprietários de lanchas e outros veículos aquáticos. De resto, vamos torcer pelo mínimo impacto.
A privada já foi uma inovação
A luta da comunidade do bairro Moinhos por melhorias na infraestrutura da Escola Estadual Carlos Fett Filho é um fato inaceitável para um Estado que se orgulha da inovação. Durante uma rápida palestra na sede da Associação Comercial e Industrial de Lajeado, em abril, o Secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Alsones Balestrin, usou um curioso exemplo para falar sobre ações inovadoras e o senso comum, que sempre entende inovação com aplicativos para celular e outras novidades semelhantes. Ele provocou. “O que é mais imprescindível: um celular ou uma privada?”. Pois bem. A escola em debate está sem banheiro, governador!
Eventos e estacionamento
A cidade de Lajeado sempre foi destaque na área do turismo de eventos. E a 4ª Jornada da Alimentação, realizada na semana passada, foi mais um case de sucesso. Entretanto, e apesar da excelente estrutura física do Clube Tiro e Caça, faltou espaço de estacionamento e muitos visitantes deixaram seus veículos nas ruas laterais. Nada que inviabilize novos eventos. Mas, o fato instigou um debate: a possível construção de um edifício-garagem na área do clube.
Entretanto, o índice de construção previsto no Plano Diretor para aquela área não permite tal obra com a envergadura necessária. A regra muda para o outro lado da Rua Felipe Christ, onde já existe projeto para novo prédio com altura de 25 andares. Diante do impasse, e da vontade de aumentar a arborização do espaço, o conselho do CTC estuda limitar em três mil o número de títulos patrimoniais e, assim, valorizar ainda mais o conforto dos associados.
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