Há uma gíria no futebol de várzea que ilustra bem a vitória de 1 a 0 do Grêmio sobre o Operário, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa-PR, pela quarta rodada da Série B: ainda bem que a natureza marca. Afinal, o Tricolor não conseguiu acertar a maior parte de suas escolhas ofensivas e tampouco foi brilhante defensivamente, mas diante da ineficiência do clube paranaense pouco sofreu.
Enquanto isso, quem assistiu ao jogo sentiu. Até porque a troca de golpes da excelente partida contra o Guarani no Feriado de Tiradentes deu lugar a um jogo coletivamente pragmático e pouco inspirado individualmente.
Tanto é que no primeiro tempo, o Grêmio teve duas chances: um chute de Campaz de fora da área, que parou na excelente defesa de Vanderlei – ele mesmo, ex-Grêmio -; e uma finalização do lateral Rodrigo, após excelente passe de Diego Souza, que novamente parou no goleiro que passou pela Arena em 2020.
No segundo tempo, Roger promoveu uma mudança: Campaz, que mais uma vez pareceu descompromissado, por Elias Manoel. Contudo, foi Biel que cresceu na partida atuando pelo lado esquerdo do campo, com muita intensidade.
E logo no início da etapa final, Diego Souza recebeu livre, driblou o goleiro e caiu na área. O árbitro marcou pênalti, mas o VAR anulou a decisão ao mostrar que o centroavante decidiu se atirar.
O gol saiu logo depois. Lucas Silva esticou a bola na esquerda para Biel, que cruza e encontra Elias Manoel para, sem dó, fuzilar Vanderlei e abrir o placar. Contudo, o bandeira assinalou impedimento de Biel no momento do primeiro passe. Foram necessários três minutos e meio para o VAR avalizar o lance e validar o gol.
O Operário até tentou esboçar reação, mas como apontado antes, a natureza marcou a equipe. Claro que a postura do Grêmio no 4-1-4-1 foi importante, mas a limitação técnica do time impediu qualquer susto para o goleiro Brenno.
Na briga para voltar à Série A, o que mais vale são os três pontos que deixam o Grêmio na quarta posição – ou seja, dentro do G4. Ainda assim, o que se viu foi uma série de tomadas de decisões ofensivas erradas e desempenhos individuais abaixo. A longo prazo, apesar do baixo nível da competição, deixa uma luz acesa no Humaitá.
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