Jornada prepara indústrias ao futuro do setor de alimentos

Economia

Jornada prepara indústrias ao futuro do setor de alimentos

Evento que inicia hoje em Lajeado consolida produção regional de alimentos e compartilha tendências. Inclusão no metaverso está entre os temas a serem abordados na programação

Jornada prepara indústrias ao futuro do setor de alimentos
Indústrias do segmento da alimentação compartilham processos de inovação e se preparam ao futuro do mercado

Com 50 expositores e mais de 30 atividades técnicas, inicia hoje à noite a quarta edição da jornada da alimentação. O evento destaca o protagonismo do Vale do Taquari na produção de alimentos e reúne profissionais de diferentes organizações para qualificar o setor.

A programação segue até sexta-feira, 29, e destaca a inovação para o desenvolvimento das empresas e produtos que atendam as necessidades do mercado. Entre os eventos técnicos previstos, a palestra sobre a inclusão das indústrias de alimentos no metaverso. Essa é uma das atividades com propósito de projetar o futuro do setor com a evolução do mundo digital.

De acordo a coordenadora do Grupo Técnico de Alimentos (GTA), Tânia Gräff, o evento traz à região um seleto grupo e serve de palco para a troca de experiências entre empresas locais e multinacionais.

“Apropriar de tecnologia e inovação nem sempre precisa de grandes investimentos, mas o conhecimento é essencial e isso que queremos compartilhar”, observa Tânia. Ela reforça a importância da exposição ocorrer em Lajeado e o quanto isso expõe o potencial da região.

A jornada promovida pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), ocorre no salão social do Clube Tiro e Caça (CTC) com expectativa de superar os 800 participantes da edição de 2019. O público-alvo abrange desde profissionais das indústrias de alimentos, fornecedores de ingredientes, empresários, pesquisadores, consultores a acadêmicos.

Pesquisa e inovação

Atentas às exigências do mercado, as indústrias do Vale investem cada vez mais em pesquisa e processos de inovação. No caso da Languiru, a cooperativa criou um comitê específico nesta área e conta com suporte do parque Tecnovates.

Conforme o coordenador do grupo, Cristiano Sieben, o objetivo é assessorar o conselho de administração na análise de iniciativas relacionadas às tendências tecnológicas, bem como estratégias e ações que se relacionem à cooperativa. “Além disso, visa avaliar cenários, tendências comerciais e tecnológicas e seus desdobramentos sobre as operações da Languiru.”

A Dália por sua vez, lançou em março deste ano, um novo modelo de negócio, o e-commerce. A ferramenta tem por objetivo facilitar a comercialização de produtos e seguir a tendência em ascensão no mercado.

ENTREVISTA | Fernando de Jesus , palestrante

“O metaverso é uma forma de validar produtos antes de apresentar ao mercado”

Diretor de inovação da empresa Duas Rodas, com sede em Santa Catarina, Fernando de Jesus é um dos palestrantes da jornada da alimentação. Ele aborda o tema “A indústria de alimentos a bordo do metaverso.” A atividade ocorre amanhã às 15h45min, e faz parte do 19° Workshop em Alimentos.

A Hora – O que é o metaverso e como se aplica na indústria da alimentação?
Fernando de Jesus – É um ambiente que ainda requer muito desenvolvimento. Vai além de uma plataforma digital, entretenimento ou interação. O metaverso não é um local, mas uma maneira de olhar para o mundo virtual. Não será a resolução de problemas de engajamento e marketing, só um meio de fortalecer a presença.

Quais as principais vantagens para o setor de alimentos?
Jesus – Grandes organizações usam o metaverso para validar conceitos, lançam o produto digital e se houver demanda apresentam no mundo físico. Um dos exemplos é a venda de vinhos envelhecidos e que ainda não existem no mercado convencional. Com o passar do tempo esse produto valoriza. Outra experiência com o metaverso é de restaurantes que usam realidade virtual e proporcionam novas sensações e experiências a seus clientes.

O metaverso é para todos ou possui um perfil específico de empresas?
Jesus – No mundo virtual, para chegar em uma experiência acessível e razoável, vai demandar estrutura de rede e dados. O ambiente digital gera engajamento para grandes mídias e possibilita que as marcas mais jovens mostrem que estão antenadas. Mas para chegar a uma experiência com retorno financeiro vai levar tempo.

Há riscos para quem investe em um mundo virtual?
Jesus – O metaverso precisa encontrar um local na sociedade, tanto no aspecto econômico, quanto social e ambiental. Pelo que se percebe ainda são poucos os consumidores desse produto virtual, há na maioria das vezes a interação e o entretenimento, sem a efetiva monetização. O público jovem mais atento às inovações costuma não aplicar muito dinheiro nesse novo mundo. Por isso, quem for ingressar no segmento precisa ter consciência do risco.

Detalhes do Evento

O quê? 4ª Jornada Técnica do Setor Alimentício (AlimentaAção)
Quando? 26 a 29 de abril
Onde? Clube Tiro e Caça, em Lajeado
Quanto? Investimento varia de R$ 60 a R$ 100
Quem promove? Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e Grupo Técnico em Alimentos (GTA)

Destaques da programação

Terça-feira (26)
19h – abertura e palestra “Inovação – Acionando para inovar”, com Ary Bucione

Quarta-feira (27)
8h às 16h30min – palestras no 19° Workshop em Alimentos; 3° Meeting Empresarial no auditório 2

Quinta-feira (28)
8h às 16h30min – segundo dia de palestras do Workshop em Alimentos e Seminário Segurança de Alimentos

Sexta-feira (29)
8h às 17h – 2° Seminário de Carnes e Derivados


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