O governo de Lajeado estudou, estudou, estudou e chegou a uma conclusão já esperada para o sistema de transporte público coletivo. A proposta de aumentar o subsídio e evitar um aumento ainda mais impactante no preço da tarifa não é uma novidade Brasil afora. Muito pelo contrário.
Em boa parte do mundo, tanto em países desenvolvidos ou subdesenvolvidos, os auxílios às empresas já ocorrem com certa naturalidade e sem muitos questionamentos. Para muitos, inclusive, é um investimento necessário à sustentabilidade e qualidade de vida.
Por um lado, é compreensível. Além da queda no número de usuários, as empresas ou concessionárias são obrigadas por lei a cumprirem uma série de gratuidades aos passageiros. Afora isso, a falta de infraestrutura urbana (corredores de ônibus, por exemplo) implica em atrasos e desgastes ainda maiores com os passageiros, e os recentes aumentos nos insumos também forçam os complexos e questionáveis reequilíbrios financeiros.
Em âmbito nacional, a cultura e o amor aos carros também complicam a vida dos empresários do ramo.
Ou seja, a vida não é fácil para quem aposta neste mercado. Mas, e por outro lado, os empresários ainda apostam (e alto) neste empreendimento. Logo, é preciso pensar fora da caixa e buscar soluções realmente sustentáveis para o serviço público.
O urbanista Jaime Lerner tem uma frase famosa e que pode ser aplicada ao tema: “Se você quer criatividade, corte um zero do orçamento. Se você quer sustentabilidade, corte dois zeros”. E, certos ou errados, nossos gestores apostam na inclusão de novos zeros no orçamento das empresas.
É uma verdadeira sinuca de bico.
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