Mais da metade das cidades zeram casos ativos de covid-19

CORONAVÍRUS

Mais da metade das cidades zeram casos ativos de covid-19

Entre os 38 municípios do Vale do Taquari, 21 não registram pacientes com a doença. Redução dos indicadores nacionais fez governo anunciar o fim da emergência em saúde pública

Mais da metade das cidades zeram casos ativos de covid-19
Cidades do Vale somam 115 casos ativos da doença

O número de casos ativos de covid-19 chegou a 115 no Vale do Taquari. Dos 38 municípios da região, 21 não apresentam casos da doença. Além disso, apenas quatro pessoas estão internadas em decorrência do coronavírus. Os dados foram apurados nessa segunda-feira, 18, junto às secretarias de Saúde.

O município com maior número de ativos é Encantado (21), seguido por Teutônia (19), Lajeado (11), Mato Leitão (9), Nova Bréscia (9) e Relvado (7).

O Vale do Taquari acumula, desde o início da pandemia, 75.053 infecções . Lajeado, que já foi o município com mais casos ativos no Rio Grande do Sul, soma 22.541 contaminações.

Vacinação em massa

Para a coordenadora da vigilância epidemiológica de Estrela, Carmen Hentschke, a melhora nos números de casos de infectados está relacionada à alta procura pela vacinação. “O vírus foi sedendo lentamente aos anticorpos das vacinas”, afirma.

Segundo a enfermeira, durante as festividades de fim de ano, as pessoas descuidaram dos protocolos de saúde e o número de casos aumentou. Por isso, a população buscou mais a vacinação, o que mudou o cenário para melhor. “Naquela época foram os mais jovens que se contaminaram.”

As doses da vacina da covid-19 deve ser feita conforme as determinações do Ministério da Saúde. “É uma imunidade temporária, que tem a eficácia diminuída pelo tempo e é importante que todas as doses sejam feitas”, fala. A enfermeira salienta que só assim os números do coronavírus se manterão baixos.

O Rio Grande do Sul já aplicou 23.481.516 entre primeiras doses, segundas doses, doses de reforço e doses únicas.

Ciclo viral

O secretário da Saúde de Lajeado e médico pneumologista, Cláudio Klein, explica que além da vacinação, o ciclo do vírus também ajuda na queda dos casos. “O ciclo da ultima variante, que foi a ômicron, se encerrou.”
Klein explica que a vacina não foi eficaz na prevenção da transmissão da doença, mas sim para diminuir o número de casos graves.

Para o secretário, surtos da doença ainda poderão ser registrados, porém não com a mesma intensidade e calamidade vistas em 2020 e 2021. “Podem ocorrer contágios isolados, mas não mundiais. Temos uma leitura muito positiva de que os piores cenários não se repitam mais”, comenta.

Fim da emergência em saúde

Com a melhora da situação da pandemia de covid-19 no Brasil, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, anunciou, no domingo, 7, o fim da emergência de saúde pública.

Além do cenário epidemiológico favorável e da busca pela vacinação, Queiroga atribuiu a decisão a capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS). O ministro afirmou ainda que a medida não significa o fim da covid-19.

Uma norma técnica, que indicará o que muda a partir de agora, será publicada ainda nesta semana. Porém, Klein explica que o fim do estado de emergência deve surtir efeito apenas aos municípios e aos hospitais.
“A situação de emergência nos dava liberdade para compra de materiais e contratação de profissionais da saúde sem necessidade de licitação”, esclarece.

A população não deve sentir os efeitos da mudança, já que o uso de máscara e as normas de distanciamento são reguladas por leis próprias. “Vai mudar um pouco o jeito de conduzirmos a gestão da pandemia.”

O Ministério da Saúde declarou a covid-19 como emergência de saúde pública no dia 3 de fevereiro de 2020.


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