Com um a menos, Lajeadense estreia em casa com vitória sobre o Guarani-VA

Vitória sobre o contexto

Com um a menos, Lajeadense estreia em casa com vitória sobre o Guarani-VA

Depois de um primeiro tempo ruim e com um jogador expulso, Alviazul é abraçado pela torcida que compareceu em peso, entendeu o cenário da partida e conquistou mais três pontos

Com um a menos, Lajeadense estreia em casa com vitória sobre o Guarani-VA
Com gol de Ruan, Lajeadense, venceu o Guarani-VA e dorme na liderança de seu grupo, na Divisão de Acesso (Foto: Eduardo Dorneles)

É comum no futebol se falar sobre como se monta um time, se ataca ou defende. Contudo, mais importante que isso, o contexto é fundamental para pensar uma partida de futebol. E na noite deste sábado (16), em que o termômetro chegou a marcar 14°C, o Lajeadense entendeu o que estava em disputa quando, com um a menos durante todo um tempo, venceu o Guarani-VA por 1 a 0, com gol de Ruan, pela segunda rodada da Divisão de Acesso. 

A noite gelada não impediu o público de comparecer. A estreia do Alviazul em casa mobilizou a cidade e fez com que os torcedores encarassem o frio e apoiassem a equipe do início ao fim – inclusive com a excessiva cobrança sobre a equipe de arbitragem, que não comprometeu em nenhum momento. 

A bronca no primeiro tempo era compreensível. O Lajeadense jogou mal. O Guarani fez uma marcação com linhas altas e atrapalhou qualquer tentativa do Lajeadense criar algo. A equipe de Venâncio Aires formava uma linha de três defensores na saída de bola e espetava os dois alas. Para ajudar, o Alviazul insistia em jogar pelo meio, o que fez com a equipe errasse muito e desse campo e condições ao Guarani criar todas as melhores oportunidades. O auge da má atuação veio com a expulsão de Marquinhos, nos acréscimos da primeira etapa, após forte discussão com o árbitro. 

A torcida cobrou a arbitragem, ainda que o trio nada tivesse a ver com isso. O cenário não era favorável. Um a menos após um jogo aquém. Baixar as linhas e proteger o ponto do empate parecia lógico. Contudo, quando começou o segundo tempo estava claro que não seria essa a história. 

O técnico Gelson Conte entendeu o que estava em jogo. Mais do que saber o que fazer taticamente, ele compreendeu o contexto: um clássico em casa que valia a liderança da chave. Além disso, a empolgação do público na fria noite não merecia apenas a resignação do empate. 

A compreensão do contexto fez com que as alterações fossem perfeitas em todos os sentidos. O time ganhou intensidade, velocidade e, principalmente, abriu o jogo com ações laterais. Os alas do Guarani apoiavam muito bem, mas era visível a dificuldade de marcação. 

Assim, com um a menos, o Lajeadense jogou dentro do campo do adversário por mais de 30 minutos, empilhou oportunidades, que foram desperdiçadas pelas tomadas de decisões erradas dos finalizadores e por excelentes intervenções do goleiro do Guarani. 

Depois de tanto bater, o prêmio veio aos 30, quando Ruan dominou na esquerda após rebatida da defesa adversária, enquadrou o corpo para cruzar, mas bateu firme. A bola passou por todo mundo e morreu no fundo da rede. 

Gol! 

O estádio explodiu, a catarse tomou as arquibancadas e o gramado. Era o gol do alívio, o gol de quem compreendeu o contexto e tudo que precisava ser feito. Inclusive nos minutos finais, quando o Lajeadense foi seguro na defesa e resistiu ao ataque do Guarani, que, ainda que tenha sido intenso, não foi organizado.

A vitória premia uma equipe que teve maturidade para vencer os adversários, a adversidade e, principalmente, o contexto desfavorável E isso é essencial para os objetivos da temporada. 


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