O governo de Estrela enfim apresentou os nomes que vão comandar a Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log). O anúncio ocorreu na quinta-feira, quase nove meses após a Câmara de Vereadores aprovar a criação da nova mantenedora do porto fluvial. E o anúncio gerou ruídos. Elaine Strehl, a presidente, e Renata Cherini, a Diretora Administrativa e Financeira, não possuem experiência profissional na área do transporte de cargas. A nomeação teve o aval do Conselho de Administração.
A direção da empresa pública ainda está incompleta. Falta nomear o Diretor Operacional e também o Diretor Jurídico. Por ora, não há previsão para tal. Sobre os nomes já divulgados, é preciso citar que os principais atores do setor logístico regional estão a pleno no setor privado e não devem deixar as próprias empresas para assumir o comando da E-Log. Não é tarefa fácil, reforço, encontrar um profissional com experiência na área e, ao mesmo tempo, com habilidade para negociar com os possíveis investidores.
Não é nada pessoal contra os nomes empossados na manhã de quinta-feira. Elaine, além de vasta experiência no setor público, é uma profissional de destaque na área contábil. Não por menos, ela é a vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Por sua vez, Renata coleciona passagens na Assembleia Legislativa, no Governo do Estado e também na Prefeitura de Estrela. Mas, é inegável que a escolha gerou ruídos. Para muitos, a impressão é que o governo misturou questões técnicas e políticas.
Mas, não é momento para alimentar tanta discórdia. Aos novos comandantes, cabe a missão de calar os críticos com muito trabalho e acordar aquele “elefante branco” às margens do Rio Taquari. Para isso, é necessário atrair os empresários e líderes regionais para todos os debates. E o primeiro desafio é estruturar questões burocráticas do patrimônio e garantir a posse definitiva da área portuária.
Olhos à Transantarita
A municipalização de um trecho da Transantarita (ERS-129), em Estrela, pode ser um divisor de águas para a importante via de ligação entre a área urbana da cidade e a BR-386. O local já possui algumas empresas instaladas nas áreas lindeiras. Mas, o potencial para o desenvolvimento suporta mais empreendimentos. A Transportadora Nimec, por exemplo, adquiriu a área de 23,8 mil metros quadrados da massa falida da Indasul, que custou pouco mais de R$ 4,5 milhões. A intenção é desenvolver um moderno terminal logístico no local.
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