A certeza de que as badernas não terminam após ações esporádicas dos órgãos de segurança exige movimentos inovadores. E os agentes públicos de Lajeado se movimentam neste sentido. Hoje, a principal proposta é criar um Código de Convivência do município, nos mesmos moldes de cidades como Porto Alegre e Pelotas, com ampla participação popular na formatação do plano. O objetivo é elencar regras para as áreas que mais impactam o nosso cotidiano. Entre essas, a poluição sonora e o consumo de bebidas alcoólicas em áreas públicas.
Em Porto Alegre, o governo municipal criou um Grupo de Trabalho para atuar exaustivamente na produção e análise das novas regras (e multas). Os encontros reuniram membros dos poderes Executivo e Legislativo, e também da sociedade civil organizada. Tudo por meio de uma série de audiências públicas, reuniões fechadas e muitas pesquisas nas ruas, clubes sociais, associações de moradores e afins. A ideia é democratizar o debate para evitar futuros conflitos. Afinal, definir regras de convivência não é algo tão simples. Tampouco, consensual.
A ideia em solo lajeadense é criar uma espécie de guia para mediar relações de vizinhança e debater questões ligadas à segurança, cidadania, logradouros, lazer, transporte público, meio ambiente, saúde, infraestrutura, entre outros. Em outros pagos, as discussões avançaram sobre temas mais polêmicos, que tratam de questões como o uso dos espaços públicos para religiosidade, poluição sonora, esmola, pichação e violência. É um assunto complexo, reforço, mas que precisa avançar. Sob o risco de seguirmos retroativos aos problemas comuns.
O debate ainda não chegou ao Legislativo. Mas, os vereadores precisam abraçar essa causa e chamar para a conversa os coletivos sociais, entidades civis representativas e, claro, o governo municipal. É hora de sermos proativos. Aliás, já passou da hora.
Lelo de saída?
O governo de Estrela é cercado de mistérios e a insistente centralização do poder junto ao gabinete do prefeito dificulta ainda mais a compreensão dos fatos. Dito isso, poucos sabem o que realmente ocorre entre o gestor, Elmar Schneider (PTB), e o Secretário de Saúde, Celso Kaplan (PP), o popular “Lelo”, que é ex-prefeito de Imigrante. Na manhã de ontem, Lelo protocolou um pedido de exoneração, que ainda não foi analisado pelo chefe do Executivo. E a questão é: Lelo fica, ou Lelo sai?
Vamos pensar alto!
O Vale do Taquari tenta emplacar uma necessária agenda: a necessidade de eleger um deputado estadual da região. Mas, nada nos impede de sonhar mais alto e buscar, quem sabe, uma vaga no congresso nacional. Já tivemos deputados federais da região. Enio Bacci e Daniel Fontana são os exemplos. Mas nunca tivemos representantes genuínos no Senado Federal, por exemplo, e tampouco para governador. E eu pergunto: não seria momento de aproveitar a agenda para alçarmos voos mais audaciosos? Aliás, já existem movimentos incipientes.
Acompanhe nossas redes sociais: WhatsApp / Instagram / Facebook.