Manda quem pode, obedece quem precisa

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Manda quem pode, obedece quem precisa

Pesquisa nacional mostra tendências para as empresas e coloca a humanização, a flexibilização, a saúde mental e a diversidade no topo das prioridades das corporações.

Dizer que a pandemia impactou e mudou para sempre os formatos de trabalho e de relação entre empresas e funcionários seria uma espécie de ‘chover’ no molhado. Agora, que as transformações ocorreriam de forma tão acelerada, profunda e abrangente, era difícil projetar.

Pois uma pesquisa da consultora global Great Place to Work aponta mudanças para as empresas neste ano. Para os mais conservadores, ou aqueles que apostam tudo na tecnologia, é bom repensar os conceitos.

Ao ouvir 2.654 organizações de diversas áreas, como tecnologia, indústria e serviços, constatou que as companhias que não melhorarem os ambientes de trabalho nem identificarem que os funcionários buscam cada vez mais a realização pessoal e boas oportunidades de desenvolvimento tendem a perder espaço no mercado. A liderança mais humana, a flexibilização, a saúde mental e a diversidade são apontadas como temas céleres nas instituições contemporâneas. “Aquele líder que era mais pautado em uma gestão de comando e controle, que acredita que feedback não é importante, que acha que saúde mental é “mimimi”, que não entende de diversidade, precisa aprender a se desenvolver nessas temáticas”, alerta a diretora de conteúdo e relações institucionais da Great Place to Work, Daniela Diniz.

Preparar líderes com habilidades e ferramentas de ação nestas quatro áreas específicas é a preocupação de 94,3% das empresas pesquisas, que pretendem investir na qualificação dos líderes.

Gestões mais horizontais, onde os colaboradores passam a ter participação mais efetiva é outra tendência imediata apontada pela pesquisa. Aquela máxima do ‘Manda quem pode, obedece quem precisa’ está cada vez mais obsoleta e suicida no campo corporativo.

O valor humano

A atenção deve estar nas pessoas, nos seus desejos, seus propósitos e seus valores. Para isso, menos tecnologia e mais humanização. Por falar nisso, a transformação digital caiu no campo das prioridades das empresas.

Enquanto que nas edições de 2020 e 2021 da pesquisa o item ocupava o quarto lugar, em 2022 foi para a nona posição, com apenas 16,5% das pessoas o estabelecendo como prioridade. Ou seja, a tecnologia é um caminho sem volta e que trouxe novas preocupações aos gestores, especialmente depois da pandemia.

Saúde mental

A preocupação com a qualidade de vida cresceu durante a pandemia e trouxe o tema da saúde mental para dentro das corporações. No questionário, 97,2% das empresas consideraram a saúde mental como um ponto relevante, e 80% confirmaram que isso aumentou depois da covid-19.

Diversidade e inclusão

A pesquisa ainda chama atenção para a falta de ações que promovam a diversidade e a inclusão dentro das organizações, apesar de o tema aparecer nas pautas estratégicas. Somente 12,2% dos entrevistados afirmaram que a empresa em que atuam tem maturidade no tema e contribuíram, de fato, para uma equidade de gênero, racial, geracional, do público LGBT+ e outras minorias.

Em tempos de transformação digital e de Metaverso, é bom se atentar ao mais elementar: o ser humano. Nunca a pessoa, em sua essência, foi tão importante para as empresas. A sanidade mental, o equilíbrio emocional e a flexibilidade são os pontos chaves para as empresas que se propõem saudáveis e sustentáveis. O desafio é de todos.


“Pinta” de secretário estadual

Ainda é cedo para fazer projeções a partir dos resultados das urnas em outubro. Mas já é possível identificar movimentos que indicam possíveis composições para depois do pleito deste ano. Paulo Kohlrausch (MDB), prefeito de Santa Clara do Sul trabalha de forma intensa para consolidar a eleição de Gabriel Souza ao governo gaúcho.

Foi ele, ao lado da pré-candidata Márcia Scherer que acompanharam o deputado nos diferentes encontros marcados esta semana no Vale. Kohlrausch tinha muita vontade de concorrer a deputado estadual, mas mostra que não guarda mágoas e quem sabe, trabalha por algo maior caso Gabriel Souza vire governador gaúcho. O governo que ele faz em Santa Clara do Sul o cacifa para uma futura secretaria de estado.


O acerto das pesquisas eleitorais

Precisamos reforçar: o Vale do Taquari há de melhorar seu desempenho nas eleições deste ano. Por entender que eleger deputados umbilicalmente ligados ao Vale, o Grupo A Hora lançou o projeto eleições 2022 – Desperta Vale do Taquari.

E como novidade, contratou pesquisas eleitorais regionais. Fez parceria com o renomado e respeitado Instituto Methodus para medir o grau de aceitação dos pré-candidatos da região para deputado federal e estadual. É uma inovação.

Muito mais do que apontar vantagem de um ou desvantagem de outro candidato, o grupo A Hora consegue colocar o tema eleições na pauta da sociedade regional. Se queremos um resultado diferente nas urnas, não podemos repetir os mesmos movimentos e erros de quatro anos atrás. Em vez de falarmos de eleições só três meses antes do pleito, as pesquisas eleitorais, os debates, as entrevistas e as reportagens especiais que estão na esteira editorial do grupo A Hora, colocam o tema nas rodas de conversa desde já.

Com isso, será possível dotar de mais informações e consciência nossos eleitores sobre a fundamental importância de elegermos representantes daqui, sem claro, destratar ou deslegitimar que é de fora.


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