Na tarde desta terça-feira (5), na Comissão da Educação, no Senado, três prefeitos reafirmaram que o pastor Arilton Moura, integrante de um suposto gabinete paralelo do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, cobrou propina para liberar recursos da pasta.
Milton Ribeiro deixou o cargo na semana passada após a revelação da cobrança de propina na pasta. O esquema seria operado por Arilton Moura e pelo pastor Gilmar Santos, dois amigos do ex-ministro, em troca de liberação de dinheiro para creches e escolas.
O prefeito Gilberto Braga (PSDB), de Luís Domingues (MA), relatou aos senadores que, após uma reunião no Ministério da Educação (MEC), foi a um almoço com “20 a 30” colegas. Também participaram da confraternização, segundo ele, Arilton Moura e o pastor Gilmar Santos.
— Ele (Arilton) virou para mim e disse: “Cadê suas demandas?”. Eu apresentei minhas demandas para ele e ele falou rapidamente. Disse: “Olha, você vai me arrumar os R$ 15 mil para mim (sic) protocolar as suas demandas e depois que o recurso já estiver empenhado, você, como a sua região é região de mineração, você vai me trazer um quilo de ouro”. Eu não disse nem que sim nem que não. Me afastei da mesa e fui almoçar — afirmou Braga.