Quando os olhos estão voltados para o tapete vermelho de Los Angeles, os trajes de gala são o que mais chamam atenção nos grandes nomes de Hollywood. Além dos filmes premiados, o que todos querem saber sobre o Oscar é quem vestiu o quê.
A verdade é que, mesmo que os vestidos longos e ternos de grife não façam parte da rotina, eles refletem as tendências do momento, que, por sua vez, impactam no cotidiano até mesmo de quem não se interessa por moda. Da mesma forma, os acontecimentos de todo mundo também influenciam nos desfiles.
“No passado, a moda era ditada por uma minoria, grupos seletos e grandes marcas que influenciam o consumo da maioria. Mas as coisas não são mais assim”, explica a técnica em estilismo, designer gráfica, especialista em Branding e Business e mestra em Indústria Criativa, Fernanda Ost.
Conforme a profissional, o tapete vermelho é um refletor de tendências, desde tonalidades de cores, tipos de tecidos, modelagens, acessórios, penteados, até comportamentos, atitudes e debates importantes na sociedade. “A moda é ao mesmo tempo uma atividade econômica e também social, repleta de significados”, ressalta.
E o Oscar?
Apesar do estilo clássico ainda estar muito presente, Fernanda percebeu que muitas atrizes ousaram com vestidos volumosos, silhuetas amplas, recortes inusitados e muito brilho.
Foi o caso de Jada Pinkett Smith, que usou um vestido verde criado por Jean Paul Gaultier, com uma cauda longa e muito tecido. Jessica Chastain, que ganhou o Oscar de melhor atriz, desfilou em um vestido de paetês nude e lilás, da marca Gucci. Outro destaque no quesito brilho foi Lupita Nyong’o, com um vestido dourado da Prada.
No grupo dos looks mais contidos, leves e elegantes, chamou a atenção de Fernanda, a atriz Regina Hall, com um vestido fluido de Vera Wang, e Marlee Matlin, atriz do vencedor de melhor filme “No Ritmo do Coração”, que desfilou em um longo vermelho.
O que vem do tapete vermelho
Dois elementos estavam em evidência nesse Oscar: a cor vermelha e muito brilho, que estavam presentes na peça inteira, como vestidos e saias de paetês.
Mas Fernanda chama atenção para outro destaque, uma peça conhecida de todos: a camisa branca. “Em seda, com um toque acetinado ou em tecidos com aspecto brilhoso, a camisa passou de simples e básica para o status de traje de gala feminino”, comenta.
Entre as adeptas, o ícone fashion Zendaya, que compôs com uma saia prateada, e Uma Thurman, que usou com saia longa preta, de modelagem e corte impecáveis. Além das citadas, outras atrizes e atores, adotaram a peça com smoking para celebrar.
