Não falta mais nada para Lajeado remodelar a rua Júlio de Castilhos

Opinião

Fernando Weiss

Fernando Weiss

Diretor editorial e de produtos

Coluna aborda política e cotidiano sob um olhar crítico e abrangente

Não falta mais nada para Lajeado remodelar a rua Júlio de Castilhos

Pesquisa de opinião pública e exemplos de outras cidades sustentam um novo projeto. Agora, é coragem para colocar em prática

O governo de Lajeado anuncia, mais uma vez, uma remodelação para a rua Júlio de Castilhos, o principal polo comercial do Vale do Taquari. Faz tempo, a sociedade de Lajeado cobra um projeto de melhorias, especialmente no que diz respeito ao paisagismo, calçada e priorização ao pedestre. E vamos combinar, a Júlio está feia. Feia e deserta. Não tem nenhuma árvore em boa parte de seu trecho.

Em LAJEADO | A principal rua comercial do Vale do Taquari, com um dos metros quadrados mais caros em termos de aluguel, está feia. É preciso uma intervenção à altura do desejo expressado na pesquisa.

Pois bem, o governo municipal buscou uma saída democrática. Ouviu a comunidade local a respeito do que ela gostaria de ver e ter na principal rua comercial da cidade. Mais vegetação, melhor iluminação, menos tráfego de veículos, parklets, ciclovia e calçadão. Essas foram as principais solicitações apresentadas pelos lajeadenses. Simples de atender, inclusive.

De posse dessas informações, o governo promete construir um projeto de requalificação da rua central. Dois milhões de reais estão sendo projetados para as devidas obras e transformações a serem implementadas.

Lajeado cresce. Em muitas áreas, se desenvolve e evolui. Em outras, patina. O importante em meio a tudo isso é se desafiar a fazer diferente e não insistir naquilo que, comprovadamente, está errado. A Júlio de Castilhos chegou ao seu estágio mais feio possível (não adianta tapar o sol com peneira. E no caso da Júlio, quem tapa o sol é o concreto dos prédio, pois a arborização já era). Diante de tantas promessas de remodelação da rua central, a sociedade anda descrente e desconfiada com os discursos do “vamos fazer”. É preciso fazer.

A diferença de agora é a pesquisa feita com os lajeadenses, a qual valida e legitima um projeto arrojado e que contemple justamente os desejos listados.

Em Guaporé | Foi extinta parte do estacionamento, instalados calçadão e um projeto de arborização.
Agora, a aprovação ao projeto é total a ponto da comunidade pedir ampliação para mais quadras da rua central.

O exemplo de Guaporé

O prefeito de Guaporé, Valdir Fabris (PDT), comprou uma “briga” com a comunidade ao anunciar projeto de extinção de estacionamento e ampliação do calçadão em uma das ruas centrais da cidade. “A maioria absoluta era contra”, confessou Fabris à coluna há poucos dias. Mesmo assim, o governo não recuou e implementou as mudanças. Passados alguns meses, a opinião é outra. Pesquisa feita com centenas de moradores locais mostra 97% de aprovação ao projeto.

E mais do que isso, já tem pedidos protocolados por parte de empreendedores para que o calçadão, a iluminação especial e o paisagismo sejam ampliados para mais quadras. Ou seja, é preciso coragem e convicção para fazer algo que a própria comunidade nunca experimentou e que, por crença, comodismo ou ‘achismo’, ela imagina desnecessário ou prejudicial.

O exemplo de Guaporé é mais um dos tantos que pode inspirar Lajeado e não parar com a intenção de deixar nossa Júlio de Castilhos mais bonita, mais atrativa e ainda mais rentável para os lojistas. Que, aliás, pagam um dos aluguéis por metro quadrado mais caros do estado.


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