Falta de médicos nos bairros aumenta demanda na UPA

Saúde

Falta de médicos nos bairros aumenta demanda na UPA

Acordo do município com a Univates não prevê reposição de profissionais em férias. Executivo anuncia contratação de mais horas de atendimento médico

Falta de médicos nos bairros aumenta demanda na UPA

Afastamento por saúde, férias e a falta de reposição de médicos nos postos de saúde dos bairros aumentam a busca por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A médica clínica geral do posto de Saúde do bairro Morro 25 retorna hoje das férias.

O espaço interrompeu as atividades em 1º de fevereiro. Durante os 42 dias sem funcionamento, os profissionais foram remanejados para trabalhar em outras unidades. Com isso, parte da demanda represada durante o fechamento da unidade não pôde ser atendida logo na reabertura, dia 15 de março.

No Morro 25, os horários para agendamento nas próximas duas semanas já estão ocupados. A unidade ainda presta o primeiro atendimento em casos de urgência e tenta encaixar pacientes que chegam de última hora.

Nesta semana, médicos que atendem nos bairros Campestre, Jardim do Cedro e Santo André também estiveram ausentes por férias ou atestado. De acordo com a diretora dos serviços de saúde da Univates, Úrsula Jacobs, os recessos são avisados previamente à Secretaria de Saúde. A pasta deve aprovar as férias e ajustar as escalas.

“Os profissionais que estão em férias não são recolocados, conforme previsto em contrato”, afirma Úrsula. Já os trabalhadores em licença por saúde, maternidade e gestantes são substituídos, quando são afastados por meio do INSS.

Atendimento na UPA

Até as 15h20min de ontem, a UPA fez 1.489 consultas na semana. Ministério da Saúde estabelece para este tipo de unidade, um teto de 6,7 mil atendimentos no mês. Ao manter a média atual de Lajeado, o total ultrapassa as 11 mil consultas.

A quarta-feira teve a maior demanda. Foram mais de 400 atendimentos. Alguns pacientes que chegaram pouco depois das 8h foram atendidos por volta das 14h. A prioridade vai para casos mais graves, mas muitos pacientes vão à UPA para tratar de sintomas leves.

É o caso do morador do Centro, José Vanderlei dos Santos, 52, que chegou antes das 15h e desistiu de ser atendido depois das 17h. Gripado, Santos não foi trabalhar e a empresa pediu atestado. Pela manhã, ele afirma ter ido ao posto de saúde do bairro Praia, mas foi encaminhado à UPA.

Já Maritania Makmann, 33, levou o filho de 3 anos com febre à unidade. Ela chegou às 15h20 e foi atendida às 17h.

Carga horária

Diante da alta demanda na UPA, o governo municipal anunciou o acréscimo da carga horária mensal. “Estamos adicionando 160 horas médicas para suporte na rede”, diz o secretário de Saúde, Cláudio Klein.
A expectativa do município é aumentar os atendimentos nos postos de saúde e reduzir os encaminhamentos à UPA.


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