Leite passa cargo para Ranolfo Vieira Júnior e discursa como candidato

Troca de comando

Leite passa cargo para Ranolfo Vieira Júnior e discursa como candidato

Ato simbólico de troca de bastão aconteceu no Palácio Piratini, na noite desta quinta-feira (31). Discurso de despedida destaca conquistas da gestão e mirou audiência nacional

Leite passa cargo para Ranolfo Vieira Júnior e discursa como candidato
Transmissão do cargo de governador do Estado aconteceu na noite desta quinta-feira (31)

Na noite desta quinta-feira (31), o novo governador Ranolfo Vieira Júnior recebeu a “chave” do Palácio Piratini e o comando do Estado das mãos do agora ex-governador Eduardo Leite. Mais cedo, na Assembleia Legislativa, Vieira Júnior tomou posse do cargo de chefe do Executivo em cerimônia no plenário. 

Já em seu discurso de despedida, mais do que consolidar e celebrar a posse de Vieira Júnior, Eduardo Leite mirou a audiência nacional, lembrou conquistas da gestão, estabeleceu diferenças de procedimento na pandemia e apregoou esperança. E isso ao começar pela lembrança do sonho que motivou sua candidatura ao governo do estado e como isso foi central para a manutenção dos alicerces da gestão. 

“Tínhamos dívidas, atrasos, restrições que nos consumiam, nos afastam do futuro, nos prendiam no passado e transformavam o nosso presente numa sucessão de desculpas para não sairmos do lugar. Nós não nos rendemos a realidade e escolhemos voltar a sonhar”, recordou.

Conquistas pautadas pela moderação

Leite definiu as conquistas de seu governo como as mais profundas transformações no panorama do setor público gaúcho na sua história recente. Além disso, explicou que a partir disso foi possível organizar a casa e recuperar a capacidade de investir em um volume que vai ultrapassar os R$ 6 bilhões até o final de 2022.

“Nesses tempos da política brasileira, é especialmente importante destacarmos como fizemos. Mostramos no Rio Grande do Sul que é possível, sim, conciliar uma política de execução e resultados com diálogo, é possível construir com respeito a quem pensa diferente”, afirmou.

O agora ex-governador também celebrou o fato de que sua gestão respeitou os acertos dos governos anteriores e que não apostou em rupturas ou traumas. “Os traumas provocados por rupturas nunca deixam boas experiências. Nós acolhemos civilizadamente a divergência. Não é preciso diminuir o outro para fazer valer a nossa vontade. Não somos obrigados a odiar”, reforçou.

Pandemia

Leite lembrou que quase 40 mil gaúchos perderam suas vidas e lamentou cada uma dessas mortes e o fato de não ter conseguido evitá-las. “Por menor percentualmente que seja em comparação com os 11 milhões e meio de gaúchos, para cada família, cada vida perdida é 100%. E se doi nessas famílias, dói em cada um de nós”, frisou.

Além disso, em clara alfinetada ao presidente Jair Bolsonaro, Leite afirmou que o governo gaúcho enfrentou a pandemia buscando transmitir a confiança a população, acreditou na ciência e fez com que a vacina chegasse o mais rápido aos braços das pessoas. “Tudo isso sem negacionismo, sem zombar da ciência, sem aprofundar a gravidade do quadro sanitário, sem mentira e sem ódio”.

Futuro de Leite

Na reta final, Leite lembrou que este é o desfecho de uma decisão muito difícil, tomada a partir de muita reflexão. Todavia, o ex-governador frisou que é cedo para dizer o que as próximas semanas reservam.

“Eu não saio, eu me apresento para cumprir meu papel de representante de uma geração que não se conforma com a armadilha política que se montou contra o próprio Brasil. É o sonho pedindo passagem e, vocês sabem, é o sonho que move o mundo, concluiu”, Leite.


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