Hábito velho e preocupante

Opinião

Thiago Maurique

Thiago Maurique

Jornalista

Coluna publicada no caderno Negócios em Pauta.

Hábito velho e preocupante

Quase um mês após o início do prazo para enviar os dados, a Receita Federal recebeu cerca de 6,8 milhões de declarações do Imposto de Renda 2022, número ainda distante das mais de 34 milhões esperadas para esse ano.

O prazo termina em 29 de abril, em pouco mais de um mês, e os contribuintes que entregarem antes tem prioridade na hora de receber a restituição. Mesmo assim, os números seguem tendência histórica: o contribuinte brasileiro deixa tudo para a última hora.

Faz parte do folclore nacional desde a época do papel, quando os contadores e contribuintes faziam fila nas unidades da Receita no último dia para a entrega, sempre com ampla cobertura jornalística. De lá para cá, a única mudança foi a transição do físico para o digital, e comportamento dos brasileiros continua igual, para desespero dos profissionais contábeis.

Prova disso é que mesmo com a prorrogação do prazo em 2020 e 2021, as declarações chegaram na última hora. Dois anos atrás, as incertezas de uma pandemia ainda no início fechou escritórios e realmente tornou mais difícil a situação dos contribuintes, mas no ano passado a sociedade já havia se adaptado às restrições. Qual será a desculpa em 2022?

Em tempo

Vale lembrar que os contribuintes que entregam a declaração no modelo completo podem destinar até 6% do imposto de renda devido para entidades beneficentes ou aos fundos municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e/ou do Idoso. É uma forma de garantir que o dinheiro fique na região e seja utilizado em benefício das pessoas que mais precisam.

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