Motoristas de cargas, em especial os autônomos, admitem a possibilidade de greve a partir do fim deste mês. Líderes do movimento nacional reivindicam concessão de benefício para o óleo diesel, questionar a atuação do Supremo Tribunal Federal e do Senado.
“Eu vou para Brasília. Vou sair na segunda-feira. Queremos a queda do STF. Sem eles o presidente vai conseguir fazer o certo”, defende o caminhoneiro autônomo de Arroio do Meio, Adroaldo Selke. Em nível nacional, um dos líderes do movimento, Wanderlei Alves, conhecido como Dedeco, afirmou para interlocutores do banco suíço Credit Suisse que a categoria vai aderir a greve.
Essa paralisação começou a ser tratada após o aumento do dia 10 de março. A gasolina passou por reajuste de 18,8% enquanto o diesel foi de 24,9%.
A partir disso, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou que começariam as manifestações. Outra entidade, essa ligada aos trabalhadores em transporte e logística (CNTTL), resolveu aguardar as negociações sobre o frete para decidir sobre algum posicionamento em relação a greve.
Efeito na região
Caminhoneiro de Estrela, integrante de movimentos da classe, Kiko Kalsing, afirma que há pouca disposição dos motoristas do Vale do Taquari para uma nova greve. “Estamos todos preocupados de como vamos sobreviver no outro dia. O combustível está muito caro e o frete não acompanha.”