A câmara de Taquari aprovou por unanimidade o projeto de lei do vereador Sérgio Pereira (PDT) que proíbe a instalação de aterros sanitários no município, e também não permite o funcionamento de “estações de transbordo ou triagem de resíduos sólidos”. É uma proposta populista, acima de tudo.
Não quero entrar no mérito dos anseios e medos da comunidade de Amoras, o local escolhido para o milionário empreendimento. Já escrevi ontem e reforço: a reclamação, em si, é legítima. Afinal, vivemos em uma democracia e a desvalorização das áreas próximas é um temor justificável. Sobre os eventuais impactos ambientais, eu também sei que é preciso levar em conta as diferenças de solo entre Taquari e Minas do Leão, onde o aterro privado foi construído sobre uma antiga mina de carvão. Mas, a proposta é populista, reforço.
Como se trata de uma norma populista, feita sob a orientação de sabe-se lá quem, o projeto de lei aprovado (e que deve ser vetado) levanta surpresas desagradáveis ao próprio meio ambiente e também ao bolso do taquariense. Sem uma central de triagem ou “estações de transbordo”, o município não conseguirá separar o próprio lixo antes de encaminhá-lo para longe (sim, os moradores de Taquari enviam todo o lixo produzido para outra cidade). Ou seja, 100% do que é recolhido precisará ser enviado para o local.
E o custo deste transbordo é medido pelo peso da carga. E quem paga é o contribuinte, claro!
Feiras e valores
A câmara de Lajeado deve aprovar o projeto de lei do Executivo que destina R$ 280 mil em recursos públicos para auxiliar no custeio da 22ª Feira Industrial e Comercial e de Serviços (Expovale) e da 10ª Feira da Construção Civil, Mobiliário e Decoração (Construmóbil), que ocorrem de forma simultânea entre os dias 10 e 15, e 17 e 20 de novembro deste ano. O valor foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Municipal (Condem). Já o investimento total para a organização das importantes feiras pode chegar a R$ 2,5 milhões.
Saúde e paz?
A foto reúne representantes do meio empresarial e político do Vale do Taquari com o representante máximo do Estado. É uma imagem simbólica diante das recentes ameaças de rupturas entre diferentes setores da nossa região, e diante do ofício encaminhado pela CIC-VT na semana passada, onde constava uma ameaça de judicialização do processo de concessão das rodovias gaúchas. Ivandro Rosa, Elmar Schneider e Eduardo Leite sabem do peso desta foto. Resta saber se os demais agentes envolvidos no processo entendem o recado.