Uso de máscaras deixa de ser obrigatório após 23 meses

Coronavírus

Uso de máscaras deixa de ser obrigatório após 23 meses

Lajeado é a primeira cidade do Vale a flexibilizar o uso. Nos demais municípios, prefeitos aguardam decreto estadual para garantir amparo legal. Piratini promete para hoje publicação sobre uso facultativo em áreas abertas

Uso de máscaras deixa de ser obrigatório após 23 meses
Comitê técnico do Estado aconselha flexibilização. Decreto do Piratini é previsto para hoje. Norma de Lajeado foi publicada ontem

O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, decretou que o uso facultativo de máscaras. A medida vale para ambientes abertos, como parques e praças e também para locais fechados, como bares, cinema, lojas, restaurantes e supermercados.

A determinação ocorreu na manhã de ontem, após reunião do gabinete de crise local. A obrigatoriedade permanece para os serviços de saúde, transporte coletivo e lares de idosos.

O uso era obrigatório no município desde o dia 14 de abril de 2020. Pela análise do comitê, o alto percentual de vacinação na cidade, acima dos 88% da população, é uma das justificativas.

Junto com isso, ainda há os efeitos da liberação das máscaras nas escolas, para alunos até os 12 anos. Pelos números, o município considera que não houve impacto significativo nos contágios e internações.

A Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) se posiciona favorável a revisão da obrigatoriedade do uso de máscaras para todos os 947 municípios gaúchos. Por meio de nota, o presidente da entidade e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, solicita ao governo do Estado a liberdade em decidir sobre o assunto.

No Vale do Taquari, conforme o presidente da Associação dos Municípios (Amvat) e prefeito de Colinas, Sandro Herrmann, há um entendimento de que é necessário haver amparo legal. “Não queremos liberar para depois vir uma decisão judicial e termos de recuar.”

De acordo com ele, os prefeitos iniciaram a elaboração dos decretos para, assim que houver a publicação do novo decreto do governador Eduardo Leite, os municípios poderem desobrigar o uso de máscaras.

O município de Estrela está entre aqueles que aguardam a determinação do Estado. Na tarde de ontem, a administração informou que pretende modificar a regra até sexta-feira.

Decreto estadual

Às 16h de ontem, o Gabinete de Crise para o Enfrentamento à Covid-19 no RS decidiu desobrigar o uso de máscaras em locais abertos.

A definição acolhe entendimento do Comitê Científico. O decreto com a mudança será publicado hoje, quando a norma passa a valer.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde sobre a ocupação de leitos hospitalares no Vale do Taquari indicam queda no número de casos graves. Das 31 pessoas em UTI, duas são por covid-19 (uma suspeita e outra confirmada).

Visão técnica

A Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) recomenda a flexibilização. Por meio de nota, afirma que o mais indicado é tornar o uso facultativo tanto para ambientes externos quanto para locais fechados.

No entanto, alerta que deve ser uma decisão individual. Pessoas com problemas crônicos de saúde e imunossuprimidas devem ter mais atenção.

A SGI também aconselha a continuidade do uso obrigatório em ambientes hospitalares e por pacientes sob risco de sofrer complicações.

Pelo RS

Porto Alegre foi o primeiro município gaúcho a flexibilizar o uso de máscaras. O item deixou de ser obrigatório em espaços abertos, tanto publico quanto privados, desde a sexta-feira (11).

A decisão da capital provocou um efeito cascata em diversas regiões gaúchas. Cidades como Gravataí, Caxias do Sul, Bento Gonçalves e Vacaria liberaram para o uso em ambientes abertos. Assim como Lajeado, Carlos Barbosa decidiu tanto em ambientes abertos quanto fechados.

No Noroeste, a Associação dos Municípios (Amufron) decidiu de maneira colegiada. Com isso, das 31 cidades que compõem a região, 20 tornaram o uso facultativo.

Decreto de Lajeado

  • A regra sobre o uso de máscaras é esperada para hoje. O texto parte dos seguintes aspectos:
  • Decreto torna facultativo o uso de máscaras em ambientes abertos;
  • Também para locais fechados, como bares, restaurantes, cinema e outros;
  • Uso obrigatório em locais de atendimento em saúde, lares de idosos e transporte público.

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