A região fechou o primeiro mês de 2022 com saldo positivo na geração de empregos. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apresentados nesta semana pelo Ministério da Economia apontam que foram abertos 638 novos postos de trabalho no Vale do Taquari em janeiro.
O saldo positivo da região é resultante das 4.732 admissões e 4.094 demissões ao longo dos 31 dias de janeiro. Com isso, parte das vagas de trabalho fechadas em dezembro do ano passado (1.067) foram recuperadas neste mês. Os dados de fevereiro devem ser divulgados somente no começo de abril.
Ao todo, nos últimos 12 meses, o Vale criou 5.021 postos de trabalho. Neste período, houve mais demissões que admissões somente em dezembro e março do ano passado. Por outro lado, o mês de fevereiro de 2021 foi o que registrou o maior saldo (1,3 mil vagas) desde então.
Arroio do Meio em destaque
Dos 38 municípios da região, 23 fecharam janeiro com mais admissões do que demissões. Destaque para Arroio do Meio, que teve o maior saldo do mês: 113 novos postos abertos. Lajeado (87), Teutônia (67), Roca Sales (61), Estrela (58) e Bom Retiro do Sul (53) aparecem na sequência.
Outros 13 municípios encerraram o primeiro mês de 2022 com saldo negativo. O pior desempenho foi de Colinas, que fechou 16 postos de trabalho, seguido por Fazenda Vilanova, com 13. Dois Lajeados e Marques de Souza tiveram o mesmo número de admissões e demissões em janeiro.
Para o prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel, o crescimento das empresas no município reflete na criação de novos postos de trabalho. “E, claro, isso repercute na nossa economia. O faturamento aumentou muito e é um bom sinal. Ficamos felizes com essa posição de destaque”, salienta.
Nessa semana, o governo municipal divulgou o ranking das 50 maiores empresas em retorno de ICMS. Segundo Bruxel, só as seis maiores tiveram um valor adicionado de R$ 160 milhões a mais do que no ano anterior. “No geral, todas foram bem. E isso dá um impacto positivo muito grande para nós”.
Recuperação da região
Para a economista Cintia Agostini, os resultados de janeiro reforçam a condição do Vale, que se destaca na comparação com outras regiões. “Estamos falando de mais de 600 vagas criadas, num mês que tem característica de período de férias. Alguns setores deixam para contratar mais tarde. Mas isso mostra que a dinâmica está retomando”, frisa.
O resultado superior ao mês anterior não surpreende Cintia, já que dezembro historicamente tem mais demissões devido às vagas temporárias. “Nós sempre nos destacamos pela dinamicidade maior que de outras regiões. E o resultado dos últimos 12 meses é positivo e mostra que, mesmo em meio à pandemia, nos recuperamos enquanto região nessa perspectiva da geração de emprego”.
Saldo positivo no país
O Brasil fechou janeiro com um saldo de 155,1 mil novos empregos formais, segundo o balanço do Caged. Com isso, o país chega a 40,8 milhões de trabalhadores formais, uma variação de 0,38% em relação ao estoque do mês anterior.
Segundo o levantamento, quatro dos cinco grupos de atividades econômicas tiveram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços. Só este gerou 102 mil empregos formais. Na sequência, aparece a indústria geral, com 51,4 mil postos; construção civil, com 36,8 mil, e agricultura, com 25 mil. O comércio teve saldo negativo de 60 mil postos.
Apesar dos números positivos, Cintia alerta para os efeitos da alta na inflação e diminuição do poder de compra da população. “Não tem como pensar que os nossos dados não serão afetados pelo que ocorre no país, e também no contexto internacional”.
Cidades que mais criaram vagas
Arroio do Meio: 113
Lajeado: 87
Teutônia: 67
Roca Sales: 61
Estrela: 58
Cidades que mais fecharam vagas
Pouso Novo: -4
Forquetinha: -4
Arvorezinha: -5
Fazenda Vilanova: -13
Colinas: -16