A administração municipal, em parceria com a Univates, trabalha na restauração de uma área degradada nas margens do rio Forqueta, em Linha São João.
A intervenção na área degradada envolveu técnicas de bioengenharia. O planejamento ocorreu em conjunto com o engenheiro ambiental Cleberton Bianchini, conforme condições ambientais locais e de restauração ecológica. A condução da restauração ecológica a partir da inserção de plantas nativas é conduzida pela professora Elisete Maria de Freitas e por estudantes de mestrado do Programa de Pós-graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis (PPGSAS) da Univates. O projeto conta ainda com a participação de estudantes dos cursos de graduação em Biologia.
O município efetuou o serviço de preparação da base do talude com a compactação de cascalho que dará a sustentação da encosta para o plantio das mudas nativas. De acordo com o prefeito de Travesseiro, Gilmar Southier, a atividade é uma ação conjunta do Departamento de Meio Ambiente e da Secretaria de Obras, que tem por objetivo colaborar com o projeto e os profissionais envolvidos.
No local estão sendo plantadas mudas de espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, todas nativas, selecionadas a partir de estudos realizados pela mesma equipe em formações florestais ainda preservadas nas margens do rio Forqueta e próximas da área em restauração. “A ideia é tornar o ambiente muito próximo ao que era antes da degradação”, explica Elisete. A professora destaca ainda que parte das mudas foi produzida pela equipe do projeto nas estufas da Univates e outra parte foi doada pela Imojel Construtora e Incorporadora. Além de mudas, a equipe vem adotando a técnica de semeadura direta, utilizando sementes coletadas nas margens do rio Forqueta.
O Projeto de Restauração Ecológica de áreas degradadas das margens de rios e arroios da região foi aprovado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e é financiado pela CEEE Energia, que repassou R$ 222 mil para execução do projeto. À universidade cabe, como contrapartida, manter a equipe de trabalho, composta por bolsistas de iniciação científica, dois mestrandos do PPGSAS e as professoras pesquisadores que executam o projeto: Elisete de Freitas e Liana Johann. Este projeto prevê a intervenção em nove áreas, das quais em seis já estão em execução em Marques de Souza, Arroio do Meio, Encantado e Travesseiro. Em Travesseiro, são três áreas em execução.