A travessia entre Taquari e General Câmara pelo rio está suspensa, pelo menos, até a próxima quarta-feira, 9. A data foi agendada pela Marinha do Exército para fazer vistoria da balsa Taquariense.
De acordo com o proprietário da embarcação, Adroaldo da Silva Couto, foi expirada a validade de um rebocador. Trata-se de uma pequena embarcação, com motores potentes e alta capacidade de manobra, projetada para empurrar e puxar balsas e navios.
“Ano passado não teve vistoria por causa da pandemia. O rebocador não transporta passageiro”, contesta Couto. Ele avalia que os militares poderiam ter sido mais brandos, ou ter marcado uma inspeção para esta semana.
A balsa é utilizada para acessar a Região Carbonífera. Em média, 150 carros usam todos os dias o serviço de transporte pelo rio Taquari, estima o proprietário do barco.
“Quem fica mais prejudicado são as centenas de pessoas que precisam da balsa”.
A equipe responsável pela vistoria é da Marinha de Rio Grande. Caso não haja nenhum problema com o rebocador, o serviço pode ser retomado logo após a inspeção.
Caminhos alternativos
O desvio mais usual de quem sai de General Câmara em direção a Taquari é pela RSC-287, por meio da Vila Mariante, interior de Venâncio Aires. Para quem faz o caminho oposto, o trajeto mais rápido é pela balsa de São Jerônimo.
BALSAS HISTÓRICAS NO VALE
Meio de transporte comum até os anos 1960, a barca Taquariense é a última remanescente da região. No passado, as ligações pelo rio eram chamados de “passos”. O primeiro no rio Taquari foi instalado em 2 de julho de 1872. A embarcação ligava as colônias de Estrela e Conventos São Gabriel.
Ainda no século 19, há registros de balsas entre Arroio do Meio e Lajeado. O barco transportava pessoas em veículos na Barra Forqueta. O serviço funcionou entre 1890 e 1939.