“Será que os colegas não vão rir de mim quando me virem sem máscara?”. Essa foi a pergunta de uma estudante na casa dos 9 anos para o pai, quando estavam entrando na escola na quarta-feira desta semana. Ou seja, a menina estava preocupada com o que os colegas falariam do sorriso lindo dela. Isso basta. Ao presenciar tais situações a gente não consegue assimilar os argumentos do Cpers e outra meia dúzia que compõem os blocos do contra, contestando a decisão de tirar a obrigatoriedade do uso de máscara pelas crianças de até 12 anos.
Pergunto: alguém viu os casos de covid-19 aumentar depois do decreto do governador Eduardo Leite? Não, né? Nem haveria de ver. A pandemia está cada vez mais esmorecida – graças à vacinação – e faz bem o governo federal em propor mudar o status para endemia.
Ponto e vírgula. Já está na hora de falar e se preocupar menos com a covid e olhar mais para as mazelas e outros dramas que cercam a sociedade. A obrigatoriedade do uso de máscara no público em geral também precisa ser revista.
Mudar os protocolos e retomar a normalidade é, acima de tudo, uma demonstração de vitória, sem esquecermos jamais das milhares de vítimas que sucumbiram ao coronavírus.
E tem mais. A utilização da máscara virou um faz de conta hipócrita que não faz sentido nenhum. Usar máscara para a foto e tirar assim que o clique foi feito? Chegar de máscara na festa e tirar cinco minutos depois? Isso é hipocrisia.
Quem ainda resiste e quer manter os protocolos da pandemia, vá em frente. Mas já passamos da hora de dar um passo adiante. A dengue em Lajeado e mais algumas cidades do Vale do Taquari e a guerra da Rússia contra a Ucrânia merecem muito mais nossa atenção do que a covid.
Antes tarde do que nunca
O Vale do Taquari, por meio de seus líderes de entidades classistas e políticas, faz neste momento o que deveria ter feito um pouco antes: debater de forma aprofundada e técnica a proposta de concessão das rodovias estaduais. Muito culpa do Estado, que conduziu o processo mediante conveniências, chamou para conversas representantes isolados e conseguiu o pior para nós: dividir o Vale.
Ao passo que nos damos conta dessa manobra, já sentamos à mesma mesa de novo e tentamos recuperar o tempo perdido. Não há outra maneira.
O Estado nos colocou a corda no pescoço. Quer posicionamento imediato sob pena de ficarmos de fora. Não podemos ceder a esta pressão a qualquer custo. Contemplar a ERS-332 e esgotar melhor a discussão sobre a localização das praças de pedágio são tarefas imperiosas.
“Mas não vamos nos iludir. A proposta de concessão do Estado não é o que estamos vendo na 386”. O alerta é do presidente da CIC-VT, Ivandro Rosa, que chama atenção para as poucas obras estruturantes, como viadutos ou túneis contemplados no plano do governo.
Muito por isso, a entidade convoca a sociedade regional, especialmente no ramo logístico, para um importante encontro na Acil, nessa segunda-feira, a partir das 17h30. O futuro de 30 anos merece nossa interferência.
Pesquisa eleitoral na esteira
Nas próximas semanas, o Instituto Methodus, contratado pelo Grupo A Hora, realiza a primeira de uma série de pesquisas eleitorais no Vale do Taquari. A consulta de opinião de voto será para medir a força dos pré-candidatos a deputado estadual e federal que devem disputar uma vaga à assembleia e congresso em outubro.
A realização das pesquisas eleitorais integra o projeto “Pensar Eleições 2022 – Desperta, Vale do Taquari”. Ele consiste no fortalecimento da representatividade política regional juntos às esferas estadual e federal, com intuito de elevar o poder de participação, de influência e de articulação dentro da assembleia e congresso. E, para isso, o melhor desempenho regional nas eleições vindouras é cada vez mais estratégico e necessário para uma das regiões que mais cresce e se desenvolve dentro do estado gaúcho.
A primeira pesquisa da Methodus será no modelo induzido, onde todos os nomes dos pré-candidatos serão fornecidos aos eleitores que responderão o questionário. O resultado será publicado nos canais oficiais do rádio, jornal e plataformas digitais do Grupo A Hora.
Ao lado das pesquisas, reportagens especiais, debates e entrevistas sobre a importância do Vale aumentar sua representatividade política ganham cada vez mais espaços nos meios do grupo.